O ano era 16, a disputa pela prefeitura de Itaporanga D’Ajuda ocorria com, de um lado, a chapa encabeçada pelo atual prefeito reeleito, Otávio Sobral (PSDB), e do outro, a chapa encabeçada por Gracinha Garcez (PL), ex-prefeita do município.
O que pouca gente lembra é que naquele ano, na chapa de Gracinha, quem compunha com ela era Faustinho Sobral, então do MDB, como candidato à vice-prefeito.
Aí chegamos para o ano de 23. Antes, é preciso lembrar que Faustinho, desde o primeiro mandato de Otávio Sobral, se somou ao grupo situacionista, tendo sido um dos guerreiros que garantiram a reeleição do prefeito em 20.
De posse dessas informações, fica fácil entender o porque de um zum-zum-zum muito forte estar correndo as rodas políticas itaporanguenses. É que Faustinho tem crescido na preferência enquanto possível candidato a prefeito do grupo situacionista e, como novidade, pode contar em sua chapa com a presença justamente de Gracinha Garcez!
Na verdade, trata-se de uma ideia embrionária, que ainda está em fase de discussão e de gestação. Mas a simples menção de uma reedição da chapa de 16, com papéis invertidos, tendo Faustinho a prefeito e Gracinha a vice, tem agradado a população, especialmente aquela parcela que debate e discute política mesmo em períodos não-eleitorais.
A verdade é que essa construção tem que passar pelo próprio Faustinho, que tem um ótimo relacionamento com Gracinha. E, claro, tem que passar pelo acalmar de ânimos e de egos de ambos os lados, tanto do agrupamento dos Sobral como do dos Garcez.
Vamos dar dois exemplos: será que Gracinha topará abrir espaço para o Faustinho, retribuindo a gentileza e o afeto por ele demonstrados em 16? E será que o deputado estadual Marcelo Sobral (União) se sentiria confortável em votar numa chapa composta por uma recém adversária sua na disputa por uma vaga na Alese?
Enfim, aí se tratam de apenas dois exemplos, mas muitos pontos ainda estarão em discussão até que essa chapa, Faustinho/Gracinha, possa ganhar corpo, chegar às ruas e ir para as Eleições 24. Mas duas coisas já são certas: uma união da situação com parte da oposição já começaria detonando alguns movimentos de traições internas vivenciados pelos grupos políticos de Itaporanga. E a outra coisa certa é que, combinemos?, uma chapa dessas é praticamente imbatível, né não? Sigamos!