Resiliência e inteligência emocional de Edvan Amorim, presidente estadual do PL, foram fatores importantíssimos para a vitória de Emília Corrêa em Aracaju. E é a história dele que comprova isso!

O escritor francês Jean Paul Sartre, tido por uns como filósofo, por outros como romancista, e por este AnderSonsBlog como essencial, tem uma frase incrível: “o inferno são os outros”. E a lógica básica por trás dela é que ninguém quer pra si a exposição das próprias fraquezas e, assim, evita-se que a convivência as exponha para aqueles que estes consideram mais ‘fortes’ sob quaisquer que sejam os aspectos da convivência humana.

E essa frase é lapidar para analisar o papel do presidente do PL em Sergipe, Edvan Amorim na eleição para prefeita de Aracaju de Emília Corrêa, do seu mesmo PL. É que o itabaianense de nascença, mas que, com sua habilidade em relacionamentos, há muito é um cidadão do mundo, mesmo tendo comprovada a capacidade de aglutinar peças-chave da política e nas mais diversas articulações, também há tempos tinha tido uma pecha lhe imposta: a de que, para os outros, era ele o ‘inferno’.

Explica-se: para o atual agrupamento no poder em Aracaju, notadamente, até o ano de 10 deste século, Edvan era o ‘paraíso’. Sim, porque, até então, Edvan era reconhecido como um dos principais articuladores da trajetória política de sucesso do saudoso João Alves.

E foi justamente em 10, finalmente, na época do também saudoso Marcelo Deda, que o forte agrupamento por ele comandado passou a contar, eleitoralmente falando, com Edvan. Naquela oportunidade com a candidatura de seu irmão, Eduardo Amorim, ao Senado, a união – e, por tabela, a convivência – estava selada e, assim, Deda conseguiu sua reeleição – apertada, é verdade, mas conseguiu!

Mas as ‘flores’ logo murcharam, pois a tal convivência de certas figuras obviamente pequenas e invejosas da capacidade política de Edvan acabou se tornando um óbice praqueles que, também obviamente, se sentiam menores e enciumados, né verdade?

Em 12, já articulando também a candidatura de Eduardo ao governo em 14, Edvan marchou com João Alves na sua volta ao comando da capital. Por conta da saúde de João, todos sabemos o que infelizmente aconteceu.

E dali em diante o resto é história: estava definido o tratamento que Edvan Amorim passaria a ter dia sim e dia também. E a ‘máquina de moer reputações’ entrou em ação!

Edvan passou a ser o ‘vilão dos vilões’ para radialistas e jornalistas – antes mesmo do advento dos influencers – sempre abastecidos pelo caldo informacional saído da tal ‘máquina de moer reputações’ devidamente acompanhado de um outro ‘caldo’, esse absolutamente venal, advindo das secom’s e das campanhas eleitorais.

E toda a história construída, e todas as articulações políticas, e todas as movimentações de bastidores feitas por Edvan para levar tanta gente a tantos postos importantes em tantas instituições ou mesmo em tantas eleições passadas de nada mais valiam. Edvan, agora ‘condenado’ pela tal ‘máquina’, mesmo tendo suas questões jurídicas resolvidas, havia sido lançado a uma espécie de ‘purgatório’.

Mas e o que fez o próprio Edvan? Ao invés de revidar, de brigar, de usar dos mesmos expedientes que contra ele eram usados, de se vitimizar pura e simplesmente, calou-se – salvo raríssimos desabafos, porque ninguém é de ferro, né mesmo? – e se manteve focado na construção de um partido forte, o PL. E, neste ano da graça de 24, em Aracaju, o disponibilizou integralmente à Emília Corrêa.

Só que a tal ‘máquina de moer reputações’ ainda estava ativa e, mais uma vez, tentou reforçar as máculas impostas a Edvan no sentido de ‘queimar’ Emília – e nessa eleição passada as tratativas dessa ‘máquina’ se voltaram também pra aliados atuais e para ex-aliados dela mesma, casos de André Moura (União), Belivaldo Chagas (Pode) e Rogério Carvalho (PT).

E o que foi que o povo fez? Bem, na sua infinita sabedoria, deu de ombros e optou por aquele projeto político que lhe parecia o mais adequado para o momento vivido por Aracaju e Emília, no PL de Edvan, sagrou-se prefeita nas urnas, sem que a tal ‘máquina’ nada pudesse fazer!

Lógico que, para essa construção narrativa, este AnderSonsBlog suprime muitos nomes e dá uma carregada nas tintas da dramaticidade.

Mas esses são dois recursos que se fazem necessários: primeiro que os nomes de muita gente citada subliminarmente não precisam vir à tona por que nem mesmo Edvan os declinou, na sua resiliência, ainda que estas mesmas figuras tenham sido absolutamente cruéis com aquele que já os havia ajudado em algum momento – e aqui fica uma sugestão: quem, na política sergipana, nunca ao menos conversou sobre política com Edvan, que atire a primeira pedra!

Já a carga dramática serve para um outro fim: na política, leitor e leitora, não existem santos e nem santas, por óbvio! Mas demonizar quem quer que seja com o objetivo único de vencer eleições também não é o correto, pois aí o ‘inferno’ passa a ser justamente aqueles que se utilizam desse expediente que, ao final e ao cabo, acaba mesmo é contaminando toda a atividade política.

E com Emília prefeita eleita, uma garantia é possível ser dada desde já: Edvan só opinará naquilo para o qual for chamado para tal. E isso quem garante é a casa aqui, por ter trabalhado no início da gestão de Valmir de Francisquinho, do mesmo PL de Amorim, em 13, e ter visto que os espaços na gestão foram livremente escolhidos pelo prefeito de Itabaiana e que Edvan só opinou naquilo em que foi consultado – algo mais do que normal em se tratando de um aliado que comanda um partido com a capacidade estrutural que possui o PL, né não?

E, por fim, uma charada: se Edvan Amorim sempre foi criticado por ser um empresário na política, o que se pode dizer de muitos políticos que sucumbiram a atividade empresarial – direta ou indiretamente – mesmo estando na política? Pois é, né? Sigamos!

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