Antes de prosseguirmos, é preciso reconhecer os atores envolvidos nessa luta toda e os seus respectivos papeis desempenhados.

O senador Rogério Carvalho (PT) levantou um alerta sobre o risco que representaria para os investimentos da Petrobras em Sergipe caso não houvesse uma mudança na lei relatada pelo também senador Laércio Oliveira (Progressistas) no Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten).

Pra simplificar ao máximo: o artigo IV da lei em questão limitava em 50% a comercialização do gás produzido pela Petrobras. Rogério chamou a atenção para o fato de que, se isso fosse levado a cabo, a petrolífera não teria interesse em investir bilhões – R$ 40 bi agora, chegando a um total de R$ 109 bi, além da geração de 30 mil empregos – porque ninguém investe no que não pode comercializar integralmente.

Laércio sustentava que o artigo IV visava não deixar a Petrobras executar uma política de preços que penalizasse a indústria produtiva brasileira. Mas, como o argumento de Rogério tinha muita validade, o artigo em questão foi mudado por Laércio e a Petrobras, agora, somente não poderá comercializar gás comprado de terceiros, podendo vender 100% do gás que produzir.

Vê, leitor e leitora, como o debate republicano dá resultados práticos? Ponto pra Laércio pela sensibilidade de mudar algo que poderia prejudicar Sergipe e ponto pra Rogério que percebeu os riscos e se pôs frontalmente contrário a qualquer forma de impedir a Petrobras de comercializar o que produzir e, assim, também colocar em risco os investimentos dela em Sergipe, bem entendido?

Pois bem, depois dessa clara vitória de Sergipe junto a Petrobras, Rogério Carvalho levanta mais uma bandeira extremamente necessária para o futuro do estado: a retomada da operação da Fafen/SE. A fábrica de fertilizantes foi repassada para a iniciativa privada, mas, vamos e convenhamos, até aqui, ‘necas de pitibiriba’ em termos de desenvolvimento econômico para Sergipe.

Pois bem, nesta semana a mesma Petrobras, durante reunião do Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), anunciou a intenção de voltar ao setor através da estratégia de Reentrada no Mercado de Fertilizantes.

E conforme anunciou na mesma reunião o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Industria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckimin (PSB), o Brasil precisa reduzir a dependência de fertilizantes importados.

Pra isso, já estão em negociação para início da retomada de produção quatro plantas fabris: Três Lagoas, no Mato Grosso; Araucária, no Paraná; Fafen/BA, na Bahia; e, claro, a nossa Fafen/SE, produtora de fertilizantes que já foi um dos motores da economia sergipana.

Ciente dessa oportunidade gigante, que prevê investimentos na casa de US$ 900 bilhões entre 25 e 29, Rogério já começou a se movimentar para fazer com que a sergipaníssima Fafen/SE possa se tornar a ‘cereja do bolo’ da economia do estado.

E, aqui, mais uma vez, como foi feito em relação a produção de gás da Petrobras, Rogério Carvalho deve iniciar uma mobilização de toda a classe política sergipana. E aí vale de vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e mesmo o governador Fábio Mitidieri (PSD).

Como se vê, o senador Rogério Carvalho está na vanguarda de temas que podem fazer de Sergipe um dos estados mais importantes do país, seja na geração de energia através do gás, seja com a retomada da Fafen/SE e na garantia de fertilizantes que, por sua vez, garantam competitividade da produção agrícola brasileira.

Ah, e de quebra, tem mais uma questão fundamental: se a Fafen/SE e a Fafen/BA voltarem a funcionar, 1.500 empregos diretos e coisa de mais uns 4.000 indiretos podem realmente acontecer.

E é por isso que a bandeira levantada por Rogério em relação a Fafen/SE, assim como a que ele levantou pela Petrobras, não se trata de bandeira individual de quem quer que seja. Se trata de uma bandeira a ser empunhada por todo sergipano e por toda sergipana. Sigamos!

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