Imagine você ser convidado pra compor uma chapa majoritária em 16, aceitar o espaço de vice, manter sua posição em 20, ver sua chapa vencer nas duas eleições, jamais ter ocupado alguma secretaria nas gestões do titulas; e, finalmente, ver chegar 24 e também ver seu nome ser escanteado! É osso ou não é?
Pois é isso o que está acontecendo em Amparo do São Francisco, o menor eleitorado sergipano, cujo prefeito, Franklin Freire (PSC), foi eleito e reeleito na companhia de seu vice, Adjalmir Silveira (PSD), e agora dá claros sinais de que não pretigiará nem o vice e nem o acordo de cavalheiros que previa a ascensão deste à cabeça de chapa no ano que vem.
E olha que Adjalmir é bem quisto pelo povo de Amparo e jamais foi problema ou entrave para Franklin ao longo do mandato anterior. Tanto isso é verdade que ele segue como vice no mandato atual.
À boca miúda, corre um boato de que Franklin intencionaria indicar um sobrinho pra sua sucessão.
E à boca miudíssima corre a informação de que Adjalmir não aceitará essa traição de forma passiva, topando encabeçar uma chapa que, nesse caso, se tornaria de oposição.
E caso isso ocorra, vale lembrar que Adjalmir é do mesmo PSD do governador Fábio Mitidieri e que nas Eleições 24 deverá buscar o maior número de prefeitos eleitos possível, de forma a pavimentar os caminhos pra sua tentativa de reeleição em 26.
Com essas condicionantes, caso o prefeito Franklin siga com a ideia de não prestigiar o seu vice Adjalmir, que pode ser solapado nas urnas é o próprio Franklin. E depois nem adiantará se dizer “traído pelo povo”, pois esse mesmo povo sabe reconhecer quando alguém está traindo politicamente um aliado e não costuma perdoar não, viu?