Emília Corrêa e a difícil missão de convencer os bolsonaristas de que é possível ficar em cima do muro em relação ao Jair e sair fazendo coraçãozinho com as mãos pra Michele

Durante a recente visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Sergipe, este AnderSonsBlog se limitou a fazer o chamado ‘rescaldo’: após a passagem, fez um balanço do que ocorrera (leia AQUI) e, infelizmente, entendeu como uma tremenda deselegância dele com a pré a prefeita de seu partido, a vereadora Emília Corrêa, o papo de que “oportunistas” seriam tratados como tal.

Aí um amigo aqui da casa, bolsonarista que só ele, enviou uma matéria publicada na imprensa sergipana, datada de 2 de junho de 17, no NE Notícias (leia AQUI), em que a vereadora Emília, então filiada ao Patriota, desanca a possibilidade de chegada de Bolsonaro à agremiação anterior dela com a seguinte frase: “eu não fui para o partido de Bolsonaro. Foi ele que veio para o (meu) partido”.

É aquela história: o mundo dá voltas, né? Mas, ainda assim, a casa aqui considera que Bolsonaro foi deselegante com Emília sem necessidade, afinal ele deveria reforçar quadros locais do PL e não sair chamando ninguém de “oportunista”. Simples assim!

E neste final de semana, dias 10 e 11, teremos a presença da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro em Aracaju. Desta vez, diferentemente da visita anterior de Michele, no 2º turno das Eleições 22, Emília ensaia um protagonismo, sendo que em 22 quem recebeu Michele no Centro de Convenções foi a deputada federal eleita Yandra Moura (União), o deputado federal eleito Rodrigo Valadares, também do União, além do senador eleito Laércio Oliveira (Progressista). Nada de Emília dar as caras naquela oportunidade!

E assim como não foi ver Michele em 22 e como ficou meio que ‘nas beiradas’ na visita recente do próprio Bolsonaro, a situação de Emília, ao querer ser ‘frente’ nessa nova visita de Michele, passa a sensação de uma estratégia com um ‘timing’ absolutamente fora de ‘tempo’, ora pois!

Sim, porque as movimentações dúbias de Emília Corrêa em relação ao bolsonarismo, para fazer uma referência a uma passagem bíblica, recurso sempre usado por políticos, especialmente os mais à direita no espectro ideológico, se assemelha a Moisés diante do Mar Vermelho.

E assim como Moisés, ao tocar com seu cajado nas águas, viu Deus dividi-las para que os israelitas atravessassem pisando no seco, parece que toda e qualquer movimentação de Emília em direção ao bolsonarismo têm a capacidade de dividi-los, o que pode levar Emília a atravessar o ‘mar eleitoral’ pisando no seco, com o ‘mar bolsonarista’ se afastando dela!

Pode até ser que esse cenário mude daqui por diante. Mas ao menos pelo que já se viu até esse momento, é muito improvável que os bolsonaristas apoiem um ‘navegar’ tranquilo da pré a prefeita Emília Corrêa no mar revolto que promete ser as Eleições 24. A conferir!

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1 Comentário

  • Israel Souza Conceição

    11 de maio de 2024 - 08:48

    Sim mas, a vencedora do pleito em Aracaju para prefeito será Emília.
    Sgt: Israel

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