É Copa do Mundo, leitor e leitora! E, sem a menor cerimônia, AnderSonsBlog pede que, em dias de jogo do Brasil, dêem-me um tempo, plis! Nessas datas, nada de política, de economia, de análises aprofundadas sobre quaisquer que sejam os temas. Agiora e nos próximos jogos da seleção brasileira, a algazarra aqui será geral e irrestrita, independente do resultado de cada um deles, beleza?
Então lá vai: Richarlison, na vitória do Brasil sobre a Sérvia, não fez apenas e tão somente os dois gols definitivos, ele fez mais, fez muito mais! O 2º gol foi um primor, um desenho celestial, abençoado mesmo, daqueles que definem não só uma partida, mas que encaminham objetivamente um jeito de ser e de encarar os desafios que, ao final e ao cabo, trarão a seleção comandada por Tite no Qatar como uma triunfal vencedora ou como uma usual decepção ao Brasil pós competição.
E aqui entram as memórias afetivas de AnderSonsBlog sobre Copa do Mundo. Com residuais lembranças da Copa da Argentina, em 1978, foi na Copa da Espanha, em 1982, que o titular se apaixonou e se empoderou desse sentimento que incide sobre quase todo brasileiro, visto que o Brasil é tido e havido como o País do Futebol – há controvérsias, mas…
Em 1982, sob o comando de Telê Santana, a seleção jogou o tal futebol-arte, mas não venceu! E o que a seleção jogou em terras espanholas naquele ano dialogava muito mais com a magia futebolística de 1970, de Pelé e cia, selecionados para aquela seleção, do que com qualquer outro escrete canarinho.
Mas só com o pragmatismo de 1994, com Parreira, e de 02, com Scolari, foi que voltamos a vencer e nos sagramos pentacampeões mundiais de futebol. Ou seja: somos o País que mais venceu, com 5 títulos da Copa do Mundo e tal. Mas somos mesmo o País do futebol? Há controvérsias…
E assim chegamos ao ano da graça de 22 e ao 2º gol de Richarlison e as suas consequências. A primeira, e mais óbvias delas, foi a consolidação da vitória contra a Sérvia, lógico!
Mas uma outra consequência foi a fantástica reportagem de Pedro Bassan no Jornal Nacional na noite da vitória brasileira em sua estreia na competição. Ele foi, simplesmente e ao mesmo tempo, genial e premonitório.
Bassan reascendeu, nessa reportagem, uma máxima benfazeja que deu sorte demais ao Brasil em 1994 e em 02: a de que os estiques dos Rs do narrador-mor global, Galvão Bueno, funcionam, sim! E a prova decisiva é que, em 1994, RRRRRomário foi o cara, assim como em 02 o cara foi RRRRRonaldo, o fenômeno.
E por isso tudo é que AnderSonsBlog não abdicará de exercer sua fé inabalável na seleção e no título deste mundial em curso, cravando aqui que o HEXA é nosso e ponto!
É que, como Bassan muito bem observou, cai como uma luva um RRRRRicharlison proferido nas fodásticas e emocionantes narrações de Galvão a cada gol que o jovem atacante venha a marcar.
Assim como cabe ao técnico Tite a junção do futebol-arte, exemplificado pelo maravilhoso 2º gol da estreia, ao pragmatismo necessário pra se vencer a competição. Se tudo isso se coadunar, o HEXA é certeiro. Sigamos!