Antônio Carlos Franco Sobrinho retorna à presidência da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Sergipe (ABIH-SE) e isso, por si, não é uma notícia negativa. Mas também não é positiva. Aliás, nem deveria ser notícia!

Mas acabou sendo noticiado porque o agora ex-presidente, José Wilson dos Santos, que assumiu a associação em abril deste ano, pegou o boné e renunciou. As razões dele, expostas em uma carta aberta, ganharam ares de generalidades. Mas ele está no direito dele e ponto.

E aí voltamos a Antônio Carlos: não é que haja nada que desabone o seu retorno ao comando da ABIH-SE, de jeito nenhum.

Aliás, tendo comandado a associação por dois mandatos seguidos, entre 18 e o início deste 22, o seu trabalho foi ok, com alguns avanços e, claro, com todas as consequências deletérias que a pandemia da Covid-19 provocou, ainda mais num segmento umbilicalmente ligado ao turismo, como é a hotelaria, é até possível dizer que Antônio Carlos Franco Sobrinho foi um herói por manter a ABIH-SE viva, né verdade?

Mas a questão que AnderSonsBlog levanta aqui não é sobre a legitimidade do novo/antigo presidente reassumir. O ponto chave é outro: como Wilson assumiu justamente na retomada do setor, sendo ele mesmo um entusiasta e empreendedor nato do segmento, vide tudo o que a marca Vidam vem fazendo de bom e interessante, não seria justamente essa manutenção de expectativas renovadoras que deveria pautar a ABIH-SE mesmo diante da desistência de Wilson e do fim das boas expectativas nele depositadas?

Retornar Antônio Carlos, portanto, não gera nenhum demérito, mas não deixa de ser uma frustração numa instituição que dialoga tão intrinsecamente com o turismo que, por sua vez, vive um momento de grande expectativa por conta de Sergipe estar sendo vislumbrado, até, como um Estado que pode e deve ter um espaço generoso na futura política pública para o turismo no governo do presidente eleito Lula (PT).

Aliás, falando em PT, bons padrinhos sergipanos para a indústria turística local junto aos cabeças do novo governo não faltam, mas isso é assunto para outra postagem.

Mas tem mais um agravante nessa história toda: a ABIH-SE não detém a exclusividade dessa repetição ad infinitum dos mesmos nomes sempre e sempre. No caso dela, isso ocorreu agora e é o próprio novo/antigo presidente que pode resolver, seja inovando radicalmente nesta sua terceira gestão, seja incentivando os demais players do segmento a se motivarem a comandar a entidade.

Mas o que ocorre, agora, com a ABIH-SE tem sido uma prática comum demais num monte de associações, federações e instituições que representam setores importantes e absolutamente necessários da nossa tão sofrida economia sergipana. Mas isso também é assunto para outra postagem. Aliás, para muitas outras postagens! Sigamos!

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