Nem numa semana de viagem prum lugar especial como é o Vale do Capão, em Palmeiras/BA, AnderSonsBlog se aparta das questões sergipanas?! Pois é! E foi exatamente isso o que ocorreu aqui com a casa quando ela se deparou com o Parque Municipal do Riachinho, em Palmeiras/BA, precisamente em Caeté-Açu, lugar incrustrado no mágico Vale do Capão.
Falar das belezas naturais desse lugar é ‘chover no molhado’. Mas a gente fala, sim: uma imponente cachoeira principal, seguida de um belíssimo poço para banho, é seguida de pelo menos mais duas cachoeiras menores, sendo a terceira de difícil acesso, exigindo quem conheça o local muito bem para acompanhar a turistada, beleza?
Só que o Riachinho tem diferenciais que atraem todo tipo de turista: pros mais aventureiros, além dessa terceira queda d’água, o grande barato é a beleza da cachoeira principal mesmo.
Já pro turista menos afoito, numa vibe mais familiar, com criança pequena e coisa e tal, o Riachinho oferece um acesso que é incrivelmente facilitado por uma escada de pedra, devidamente feita por quem do Riachinho cuida, com corrimão e tudo o mais, além de duas paradas estratégicas pra descanso e pra fotos ao longo da ruma de degraus dela. Um luxo só!
Mas e por que tudo isso é assim tão bem feito, tão bem cuidado e tão garantidor de um acesso facilitado no Riachinho? Simples demais: o Riachinho é, na verdade, um parque municipal, criado por lei e tudo o mais que o torna um local, digamos, oficial para se apreciar toda a beleza do lugar, além de se tomar aquele banho geladíssimo e revigorante.
E tudo se deve, inicialmente, ao Decreto Lei 552/2001 que criou o Parque Natural Municipal do Riachinho, que funciona sob o guarda-chuva da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Palmeiras, e essa sob o guarda-chuva da prefeitura de Palmeiras.
Já uma lei municipal de 2018 definiu o preço do acesso ao Riachinho: R$ 12. É caro, leitor e leitora? Bem, para um local com tamanha beleza e sendo que os moradores locais estão isentos dessa taxa, bastando comprovar que é local, nas primeiras vezes, pois depois os funcionários que recebem os visitantes numa simpática barraca construída de forma absolutamente sustentável já reconhecem cada um e tá tudo certo, na verdade se torna até um valor se não barato, mas plenamente justificável.
Essa taxa paga é revertida para o Fundo Municipal para o Meio Ambiente, que passa a se ter recursos que se tornam fundamentais para a manutenção do parque municipal. E isso faz uma diferença real, tanto é que o lugar é limpo, conservado e, ainda por cima, garante renda para quem nele trabalha né verdade?
E aonde entra Itabaiana e Lagarto nessa história: bem, Itabaiana é um caso a parte, visto que já possui o Parque Nacional da Serra de Itabaiana e, pra se fazer um lugar similar na municipalidade, basta seguir dando os bons exemplos que já são praticados no povoado Ribeira, com seus Poções e Pilões já muito bem cuidados pela Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, aos cuidados de Sônia Confecções. O lugar já evoluiu muito nesses últimos anos, em termos de preservação e manutenção. Agora, caso uma lei institua a criação de um parque municipal na Ribeira, aí a coisa evoluirá ainda mais, com certeza!
Já Lagarto, infelizmente ainda está atrasada. A Cachoeira do Saboeiro, na região dos Olhos D’Água, é belíssima, mas conta com intervenção municipal próxima do zero. Como se trata de um ano eleitoral, que tal a população cobrar dos candidatos que todos se comprometam com a criação de um Parque Municipal do Saboeiro?
Além disso, se essas duas importantes cidades avançarem nesse ponto, seguramente outros municípios sergipanos se encorajarão a fazer a mesma coisa com seus atrativos naturais.
E, claro, como se tratariam de lugares em que esse tipo de consciência de preservação e manutenção ainda terá que ser devidamente instituído, dá pra começar com uma taxa bem abaixo desses R$ 12 praticados no Parque Municipal do Riachinho, sendo que as respectivas prefeituras entrariam com o montante necessário para complementar os gastos com manutenção, né verdade?
Enfim, são sugestões baseadas na prática, com destaque para o sucesso que é o Parque Municipal do Riachinho que, invariavelmente, tem sempre muita gente visitando e aproveitando a beleza que você, leitor e leitora, pode sentir um gostinho ao assistir os vídeos abaixo. É bom demaaaaaais!
2 Comentários
Nildo Santos
Fantástico toda a Chapada e essas ponderações sobre o Vale já vale a pena!!!! Parabéns
Dea Jacobina
É sim um lugar lindo! O Capão é paradisíaco. Também tá corretíssimo o nosso querido blogueiro: municípios como Itabaiana, Lagarto, Gararu, Pacatuba, Macambira e tantos outras cidades sergipanas que tem seus encantos naturais podem “seguir” as iniciativas do povoado Ribeira…