No rolé nada aleatório do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), por Brasília nesta segunda, 6, reuniões pra todos os gostos: presidente do Senado, presidente da República, entrevista coletiva pra veículos nacionais, enfim, um tour de force danado!
Mas entre encontros republicanos e institucionais, como com Rodrigo Pacheco (PSD), ou ainda outro mais pessoal, como com o velho aliado Lula (PT), além das pautas diversas tratadas, como combate à fome, transporte público, reforma fiscal e afins, vale lembrar que o prefeito de Aracaju esteve, oficialmente, cumprindo agenda como presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).
Mas o encontro que mais chamou a atenção de AnderSonsBlog foi o com o ministro do STF, Gilmar Mendes. E não porque a maioria dos políticos fica com a pele empolada só de pensar no STF, que dirá de se encontrar, publicamente, com qualquer integrante do Supremo.
É que, na pauta com Gilmar, Edvaldo levou um tema muito específico: a criação do Conselho da Federação, um órgão que daria vazão aos necessários debates entre União, Estados e municípios brasileiros.
Ou seja: Edvaldo apresentou a Gilmar uma ideia que, em seu cerne, está a ampliação dos debates acerca dos problemas nacionais que, em última instância, são vividos efetivamente nas cidades, pois ninguém mora na União ou nos Estados, mas sim nos municípios, ora pois!
E isso quer dizer que, unindo todos os entes federados para discussões amplas e irrestritas, o radicalismo político, que serve aos radicalismos de esquerda, direita, da frente, de atrás, de cima ou de baixo em termos eleitorais, não alcançaria as relações institucionais que dizem respeito às pessoas, pois as soluções para os problemas reais obviamente não estão no radicalismo e no proselitismo dele advindo.
E quando o foco é na solução, não tem como apostar numa espécie de exclusão dialógica, não! Não existe solução para problemas coletivos que não passe por uma exaustão da capacidade de dialogar. É simples assim e Edvaldo Nogueira, com sua extensa agenda em Brasília, mostra que faz o seu papel, enquanto presidente da FNP, para que o diálogo contínuo se torne uma regra e não uma exceção. E é bem por aí!