Dentre as muitas possibilidades que o jornalismo possui, a mais eficaz ainda segue sendo a boa e velha apuração. Sim, porque apesar deste AnderSonsBlog deixar claro que atua no Jornalismo de Opinião, nada impede a gente de ir atrás de dados, de números, de assumir uma postura cartesiana pra, a partir dela, também abrirmos o leque opinativo sobre quaisquer temas.
Como segue sendo um tema atualíssimo, os ataques às Associações Pró-Construção promovidos pela Aseopp andavam carecendo de um ponto: números! Sim, porque, nas críticas, as associações são chamadas até de “contrabandistas” – o que só reforça a colocação de AnderSonsBlog de que se trata de um ataque desproporcional, desnecessário e desarrazoado.
Agora, e se os números comprovarem que a eficiência das Associações Pró-Construção é algo real no setor imobiliário sergipano? Aliás, é só avaliar como está a situação dessas mesmas associações nos demais estados brasileiros pra perceber que a convivência pacífica entre estas e as grandes construtoras é, sim, possível, viu?
E para levantar os números das associações, a casa aqui optou por conversar com Luciano Brandão, da Condominial, até por dever de justiça: Luciano é o mais atacado dentre os proprietários de empresas que fazem assessoria e administração justamente para as Associações Pró-Construção. E, a partir dele, também conseguimos os números das duas outras empresas de assessoria e administração, a Essenza e a Nunes, atualmente em atuação.
Ao final dessa reportagem, seguramente o leitor e a leitora terão uma visão ainda mais clara do que se tratam as Associações Pró-Construção e do porque só os grandolas é que estão incomodados com algo que está fazendo bem demais ao segmento imobiliário sergipano por oferecer uma opção plausível, legal e cheia de bons resultados para quem decide se associar para construir o imóvel que deseja. Vai vendo!
Por ser a mais antiga empresa de assessoria e administração que presta serviços às Associações Pró-Construção, Luciano Brandão a contextualiza no setor em Sergipe. “Há mais de 23 anos estamos atuando nessa área”, diz. Mas o tempo trás consigo a finalização de projetos assessorados e administrados pela Condominial.
A saber: “desde o Velasquez até o que vai ainda acontecer são 16 empreendimentos. Desses, 9 já foram entregues, 3 em andamento, em construção, e 4 estão para ser construídos”, explicita Luciano.
E a reportagem detalha cada um deles: entre os já entregues, Velasquez, Portal do Farol, Jardins Residence, Horto da Sementeira, Vale do Luar, Alameda Residence, Cidade de Roma, Ville al Mare e Cartier – todos construídos pelo sistema associativo, mas com a assessoria da Condominial.
Além dos já entregues, estão com obras em andamento o Centro Médico Empresarial Premier, o Vitória Emanuelle e o Emiliano. E, para fechar o pacote total, estão em fase de poupança o Aprazível, o Eldorado, o Barollo e o Roof Top.
Vale lembrar que as obras nas Associações Pró-Construção só começam quando 70% do valor total já está em mãos da associação em questão – essa é a chamada fase de poupança –, o que ajuda a entender porque os preços no modelo associativo de construção são tão menores do que nos modelos tradicionais, pois além de não visarem lucro, as associações podem negociar materiais e insumos à vista, o que gera sempre ótimos descontos, né verdade?
Mas apesar dos números globais da Condominial, em termos de empreendimentos entregues, em construção e em fase de planejamento, todas realizadas pelas Associações Pró-Construção e assessoradas pela empresa, até aqui focamos mais em nomes. Mas e os números detalhados? E agora é que começa o que mais chama a atenção, leitor e leitora!
Senão, vejamos: empregos diretos que foram gerados nas obras entregues, que estão sendo gerados nas obras em execução e que serão gerados nas obras atualmente em planejamento são na casa dos milhares – e, por enquanto, tratando-se apenas de associações que são assessoradas pela Condominial.
Com a palavra, Luciano Brandão: “nesses dezesseis empreendimentos, dos já entregues foram 2.000 empregos diretos aproximadamente, o que dá a ideia exata de quantas famílias já foram beneficiadas. Isso fora os empregos indiretos, fora as terceirizadas, fora as empresas que fornecem material. Em andamento, nos empreendimentos em execução, são mais 800 empregos diretos. E no futuro, no que será construído com o nosso assessoramento, serão pelo menos mais 400 empregos diretos, isso se não surgir mais alguma nova Associação Pró-Construção. Isso dá um total de 3.200 empregos diretos, sejam nos empreendimentos já entregues, nos que estão em construção e nos que serão construídos pelas associações, nesse caso com a assessoria da Condominial”.
E traduzindo isso em total de unidades entregues, em construção ou que serão construídas? Novamente a palavra é de Luciano: “São 1.300 unidades ao todo, dentre as que estiveram, estão e estarão sob a assessoria da Condominial”.
Mas, como já dito por AnderSonsBlog, Luciano Brandão foi escolhido o personagem dessa reportagem por ser o mais atacado dentre os donos de empresas de assessoria e administração das Associações Pró-Construção. Só que, em nota conjunta lançada na semana passada, a Condominial está junto com a Essenza e a Nunes na luta contra os ataques injustos sofridos pelas Associações Pró-Construção.
Assim, seria possível elaborar uma estimativa sobre esses mesmos números de empregos diretos e de unidades levando em consideração as três empresas de assessoria e administração? Novamente a palavra fica com Luciano Brandão: “no que já foi entregue no passado pelas associações assessoradas pelas três empresas, são 2.300 unidades. Além do que já está sendo construído um total de 850 unidades, no somatório das associações assessoradas pelas três empresas juntas. E no futuro, no que será ainda construído, são mais 1.150 unidades. Assim, sob o guarda-chuva das assessorias das três empresas juntas, no total nós podemos falar em 4.300 unidades. Logicamente que a Condominial representa um número maior, porque a Essenza e a Nunes são mais recentes nesse processo”.
Mas o número que mais salta aos olhos segue sendo mesmo o de empregos diretos gerados pelas obras que são assessoradas pelas três empresas. “Até hoje, as três já contribuíram, juntas, para 2.300 empregos diretos gerados em obras já concluídas. Nas obras em andamento, são 1.000 empregos gerados diretamente, fora os indiretos. E, no futuro, as três empresas juntas assessorarão obras de associações que gerarão mais 1.400 empregos diretos. Somadas as três juntas, nos aproximamos dos 5.000 empregos diretos”, finaliza Luciano Brandão.
São números portentosos, que crescem ainda mais quando se avalia a questão das seguintes formas: 1 – essas obras das Associações Pró-Construção, por não visarem lucro, acabam gerando um aquecimento imenso do mercado de material de construção, visto que, como as obras só começam com 70% de seu valor já em caixa, a compra de material e insumo é feita à vista, com o caixa das empresas fornecedoras recebendo um aporte efetivo, sem financiamento, o que otimiza o fluxo econômico e financeiro delas, o que garante mais… empregos!; 2 – se não houvessem as obras já entregues pelas associações, nem as que estão em execução e nem as que futuramente serão realizadas, aonde encaixar esses quase 5.000 empregos diretos gerados pelas obras associativas dentro da construção civil?; e 3 – será que com 2.300 unidades já entregues, com mais 850 unidades sendo construídas e com mais 1.150 unidades em fase de planejamento para posterior construção, somando aí 4.300 unidades, todo mundo que resolveu investir no modelo associativo de construção é burro? São 4.300 perfeitos idiotas que estão jogando o próprio dinheiro pelo ralo?
Entende, leitor e leitora, porque que é que volta e meia AnderSonsBlog volta a esse tema? É que se trata de uma revolução positiva no segmento imobiliário que beneficia quem tem condições de construir o próprio imóvel sem as amarras impostas por grandes construtores e incorporadores! Simples assim!
E quem hoje ataca as Associações Pró-Construção deveria focar, por exemplo, no que faz a pernambucana Moura Dubeux, a 7ª maior construtora do país, com ações na Bolsa de Valores, inclusive, e que tem um modelo híbrido: tanto faz obras incorporando, como também faz obras sob o modelo associativo. Simples assim de novo!