Marcos Oliveira alerta: governo do estado e Alese são corresponsáveis na apuração de todo e qualquer malfeito com dinheiro da Deso cometido por prefeitos e prefeitas irresponsáveis!

Que o deputado estadual Marcos Oliveira (PL) é um dos parlamentares, incluindo todos os municipais e federais, mais preparados de Sergipe, disso ninguém duvida!

Mas nesta segunda, 3, em entrevista ao radialista Jailton Santana, da Rio FM, Marcos se superou! Lógico que ele fez diversas críticas pertinentes ao governo de Fábio Mitidieri (PSD), visto que esse é o papel de oposição que ele precisa desempenhar e que tão bem faz a democracia.

Só que quando ele tratou da questão dos recursos da Deso, repassados às prefeituras no final do ano, representando 60% de tudo o que a concessão/venda da até então empresa estatal arrecadou, simplesmente Marcos Oliveira foi no âmago da questão e é bom que o governo do estado se atente bem para tudo o que foi dito pelo deputado, até mesmo para preservar a interesse público e a correta destinação desses recursos.

Mas vamos as necessárias e pertinentes falas dele. Num determinado momento da entrevista, Marcos considerou o fato de que o governo agiu de forma, digamos, açodada ao liberar esses recursos pra prefeituras em final de gestão. “Acredito que não foi a melhor decisão você se apressar a depositar um recurso extremamente grande em finais de gestões. A gestão é impessoal, mas você tem que entender que a política serve para isso, pois quando o povo reprovou aquele projeto político, ele quer que quem administre o recurso da prefeitura seja aquele que ganhou. E a gente não viu isso! Vai dar muito problema a resolução do Tribunal de Contas do Estado Sergipe (TCE/SE) com relação a esse assunto (para que seja detalhado o uso dos recursos da Deso). Vai dar muito problema mesmo!”.

Para Marcos, que sempre se posicionou contra a concessão/venda da Deso no parlamento estadual, “do boi morto, o couro! Assim, esses recursos são importantes pera o povo sergipano. Alguém construiu um hospital? Alguém construiu uma creche? Alguém construiu uma estrada? Não! E o que se vê é pagamento de festas, de estruturas para festas e de outras obrigações que deveriam ser corriqueiramente do custeio das prefeituras”, analisou o parlamentar.

Mas o mais importante alerta dado por Marcos Oliveira foi sobre a responsabilização em relação a fiscalização desses recursos já utilizados. “A gente vai trazer esse assunto com muita profundidade quanto ao levantamento (dos gastos), que é uma função do TCE/SE. Mas o governo é corresponsável, já que se apressou em liberar esses recursos. Mas isso também é de interesse dos deputados estaduais, que também são corresponsáveis, notadamente porque foram os deputados que alteraram a lei das micro e macrorregiões em dezembro de 2023, unificando e dando condição do governo de privatizar, de fazer concessão”.

O que o deputado disse em relação a essa necessária fiscalização e a exigida punição de maus gestores que usaram irresponsavelmente esses recursos oriundos da concessão/venda da Deso, em resumo, pode ser analisado com apenas dois exemplos: Areia Branca e Lagarto.

No primeiro município há claros indícios de que o dinheiro da Deso foi usado para pagar festas por lá realizadas, não restando praticamente nada do que foi repassado pelo governo ao final de 24. E em Lagarto, além desse tipo de pagamento absurdo e ilegal, simplesmente foram ‘torrados’ R$ 40 milhões. Já pensou o que poderia ser construído com tanto dinheiro? Um hospital? Uma creche? Várias estradas? E nada disso aconteceu!

Agora, uma coisa não se pode tirar do radar: nessas duas cidades, o ex-prefeito Alan de Agripino (PSD), de Areia Branca, e a ex-prefeita Hilda Ribeiro (Republicanos), de Lagarto, são aliados do governador Fábio Mitidieri. Mas isso não pode e nem deve ser levado em consideração nesse momento, não, viu?

Assim, o que se espera, de agora em diante, é que o TCE/SE faça sua parte e fiscalize, apontando os erros absurdos cometidos, e que a Alese e o governo do estado entrem na Justiça para exigir devoluções de dinheiro, quando isso for o caso, e punição exemplar, inclusive com cadeia, se for o caso, para todo e qualquer gestor ou gestora que, comprovadamente, foi irresponsável e/ou criminoso no uso do dinheiro público, do povo sergipano, oriundo da concessão/venda da Deso. Simples assim! E mandou bem demais o Marcos Oliveira, viu?

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