Antes de chegar na música em si, uma passagem rápida em 1985: RPM estourado e a chance incrível, prum moleque de 14 anos, de assistir seu primeiro show de “verdade” – é leitor e leitora, os shows na escola não contam, certo?
Aí é nos tempos de mundão de Sampa City, 89 FM e 97 FM coladas no ouvido e se o RPM não era a banda dos sonhos do jovem metido a roqueiro, ao menos serviria pra contar vantagem na escola, lá no véi Dr. Kyrillos, no Caxingui.
Então a parada é no Centro de Convenções do Anhembi, num domingo final de tarde, tipo matiné – pra adolescente mesmo.
Já naquele show, dirigido pelo incrível Ney Matogrosso, o RPM mostava porque viria a ser, meses depois, o maior vendedor de discos daquela década, com um desfile de hits da banda cantados em uníssono.
A não ser por London, London, que causava espanto na plateia pelo show de laser no palco, com Paulo Ricardo “dentro” de um cone verde de laser, numa explosão de sensações pros olhos virgens de quem nunca tinha visto nada igual.
Além disso, o riff ao piano do saudoso Luiz Schiavon deixava a parada toda meio mela-cueca mesmo, o que ajudava a explicar o silêncio quase que sepulcral na hora da execução da música.
Aos 14, AnderSonsBlog já tinha ouvido Caetano Veloso radiofonicamente. E a homenagem do RPM acabou despertando interesse na obra do baiano, que é muitíssimo relevante e necessária.
E entre a versões agri de Caetano e doce do RPM, AnderSonsBlog fica com… as duas!
E presta sua modesta homenagem com essa versãozinha indigente, porém muito sincera, da eterna London, London que de romântica não tem e nada. Onde já se viu uma canção do exílio ter algum romantismo, no sentido amoroso da coisa, né não?
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