Quando as críticas tecidas em relação a gestões passadas são feitas com base em ‘achismo’, aí o leitor e a leitora podem ir pra cima de quem critica. Agora, e quando essas mesmas críticas se baseiam em decisões judiciais?
Bem, aí a situação fica bem diferente. E um exemplo claro disso se dá em Itaporanga D’Ajuda. No município, um dos que tem maior potencial para crescimento nos próximos anos por diversos fatores, incluindo proximidade com a capital, chegada de recentes investimentos industriais de grande porte e o ‘destravamento’ do potencial turístico conquistado recentemente, quando AnderSonsBlog avalia que as críticas à atual gestão municipal são rasas e eleitoreiras, aí vem sempre a turma do ‘que que é isso?’.
Pois é, nesta semana a casa aqui teve acesso a documentos e informações que comprovam, definitivamente, que o ‘buraco é muito mais embaixo’ e que os problemas atuais de Itaporanga tem, sim, sua origem clara e com nome e sobrenome: a ex-prefeita Gracinha Garcez em suas duas gestões.
Vamos lá: enquanto prefeita, numa de suas duas passagens pelo comando do município, talvez até com a maior das boas intenções, Gracinha acionou a Justiça Federal para que a prefeitura de Itaporanga passasse a receber royalties da Petrobrás. E, com base no trabalho do seu jurídico na prefeitura – leia-se Procuradoria – conseguiu ao menos uma liminar, passando a receber os royalties e os gastando como bem entendeu, conforme seu modelo de gestão, certo?
Bom, mas eis que a Agência Nacional de Petróleo, a ANP, recorreu da decisão, venceu em última instância e aquela que pareceria uma boa ação – que a sabedoria popular sabe bem o local que as boas intenções e as boas ações costumam lotar! – se tornou o maior problema econômico da história de Itaporanga.
E qual a razão de Gracinha poder ser responsabilizada por isso? Simples: foi sob o seu comando que o jurídico da prefeitura elaborou um pedido sem forte fundamentação legal, demonstrando uma incompetência que se ampliou pelo fato da então prefeita autorizar que se seguisse adiante com uma doideira administrativo-jurídica dessas. Ou seja: no afã de aumentar a arrecadação, a então prefeita esteve nem aí e nem chegando pro fato de que o município poderia ser penalizado mais adiante.
Resultado prático e econômico disso tudo é que Itaporanga, atualmente administrada por Otávio Sobral, passou a ter uma dívida contraída de R$ 37 milhões, dos quais R$ 12 milhões o próprio Otávio já foi obrigado pela Justiça a pagar. Já imaginou, leitor e leitora, o que não poderia ter sido feito em investimentos caso esses R$ 12 milhões e os restantes R$ 25 milhões a ainda serem pagos, estivessem nos cofres da prefeitura?
E nem adianta vir dizer que Gracinha, que recebeu em suas gestões uma bolada em royalties, fez o que Itaporanga e seu povo mereciam e precisavam, porque se isso tivesse ocorrido, seria o grupo dela no poder atualmente e ela não estaria candidata da oposição, né não?
Por isso que a casa aqui sustenta: o povo pode reclamar, outros políticos podem reclamar, a Justiça pode condenar, as contas podem ser bloqueadas, mas só quem não pode falar nada é Gracinha, pois se origina num dos mandatos dela tudo isso que está atrapalhando o desenvolvimento pleno de Itaporanga.
Aliás, Gracinha pode até se manifestar, sim, desde que seja para pedir desculpas ao povo por suas gestões terem feito tão mal a queridíssima Itaporanga D’Ajuda. É isso aí!