Riachão do Dantas ganha Academia de Letras, Artes e Cultura neste sábado, 20, e, merecida e qualificadamente, terá Francisco Dantas como um de seus acadêmicos

Logo menos, às 19h, a Escola de Ensino Fundamental Professor Luiz Antônio Barreto, em Riachão do Dantas – e que nome mais apropriado para uma escola e que escolha feliz de local para um evento cultural, né não? –, acontece a cerimônia de instalação da Academia Riachãoense de Letras, Artes e Cultura (Arlac).

Aliás, como é legal ver que cada vez mais e mais cidades sergipanas passam a contar com suas respectivas academias de letras! Sim, porque se tratam de verdadeiras trincheiras em que, legitimamente, se travam batalhas para a manutenção do legado cultural de cada um desses municípios.

E cultura, como se sabe, é um dos maiores diferenciais civilizatórios que existe! Sem cultura, seríamos apenas uma manada. Sem cultura, a existência seria mera passagem temporal por estas plagas e só! Sem cultura, não teria eco qualquer resistência à brutalidade e por aí vai.

Acontece que, no caso de Riachão, a Arlac, presidida pela professora Edleide Santos Roza, além de ter como patrono o jornalista e poeta João Oliva Alves, nasce no mesmo berço territorial que balançou figuras do porte de um Ibarê Dantas, de uma Terezinha Oliva, de um Valeriano Felix, de um Renilton Nascimento Santos e, atente, leitor e leitora, de um Francisco José Costa Dantas, ou Francisco Dantas, ou ainda Chico Dantas.

O nome deste último foi cuidadosamente escolhido para fechar essa breve lista de referências literárias riachãoenses por uma questão bem objetiva: professor de Literatura Brasileira e Portuguesa, a produção literária dele, à partir de Coivara de Memória, de 1991, quando ele já tinha 50 anos, é destaque no Brasil e no mundo. E, por si, esta produção já o projetaria para qualquer que fosse a academia de letras, inclusive a maior delas, a Academia Brasileira de Letras (ABL).

Mas, ao seu jeito e por opção, Chico Dantas nunca demonstrou pendências para tais espaços, ainda que estes mesmo sonhem em tê-lo em suas hostes justamente pela sua qualidade textual incontestável.

Acontece que Chico Dantas optou por se “academizar” justamente na terra em que nasceu. Simples, objetivo e reconhecido ao torrão de terra que o viu nascer e crescer. Sem mais!

Assim, ao ter sua Arlac instalada, somando-se a isso o Festival de Inverno de Palmares, já confirmado para o início de agosto e com um artista do naipe de um Alceu Valença como atração confirmadíssima, Riachão do Dantas desponta como importantíssima para a vida cultural sergipana, algo que, sem dúvida, também influencia na vida de cada riachãoense, cuja autoestima merece ser acariciada não por razões individuais, mas porque, coletivamente, se trata de um município relevante, diferenciado e, como se vê, culturalmente abençoado. E se isso não veio sendo respeitado ao longo da história, que bom que nesses últimos anos Riachão passou a ser tratada pelos seus e pelos outros com o respeito a que faz jus, né verdade?

Este AnderSonsBlog estará lá em Riachão neste sábado conferindo a instalação da Arlac e sugere a você, leitor e leitora, que faça o mesmo. Afinal, sem cultura, não teríamos lá muitas razões para elevarmos esse amontoado de gente à uma coisa chamada humanidade, né isso?

Gostei 0
Não Gostei 0

1 Comentário

  • James

    20 de maio de 2023 - 12:15

    Meu medo é voltar a farra dos cantores sertanejos com seus altissimos cachês. Que seja bem vindo o nosso querido Alceu .

Deixe um Comentário