SÉRIE RENOVAÇÃO NA ALESE/3ª TEMPORADA – Milton Dantas não irá a campo, mas escalou a filha, Rita Dantas, na disputa pela Alese nestas Eleições 22

Antes de mais nada: Milton Dantas é o presidente da Federação Sergipana de Futebol (FSF) desde 16. E, politicamente falando, teve seu nome testado nas urnas aracajuanas em 20, quando tentou a vaga de vereador da capital. Não logrou êxito, mas teve 2.443 votos, o que significou 0,90% do total válido para vereador.

Só pra se ter uma ideia, Miltinho, como é conhecido, teve mais votos do que nada menos que sete dentre os vereadores efetivamente eleitos. Coisas da legislação eleitoral vigente, né? E isso, claro, o credencia para mais disputas. Mas…

…neste ano Miltinho não vai à campo. Mas nem por isso deixará de participar das Eleições 22. Explica-se: Rita Dantas, sua filha, é pré a deputada estadual. E, frise-se, tem vida própria na disputa. Por exemplo: foi ela a coordenadora da campanha de Miltinho em 20. E como o resultado foi muito bom, ela tomou gosto pela coisa e agora coloca o próprio nome na disputa.

Filiada ao PDT à convite do presidente do partido, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, Ritinha, como é chamada por amigos e pela família, por óbvio que tem uma ligação fortíssima com o futebol, fruto das heranças familiares, a exemplo do saudoso Juca Bala e, sem dúvida, por conta do envolvimento umbilical de seu pai, Miltinho, com o esporte mais amado dos brasileiros.

Porém, administradora por profissão e tendo descoberto uma verdadeira paixão pela realização de eventos, mesmo que a pauta esportiva seja destaque, Ritinha “pretende mostrar sua capacidade de empreendedora e continuar seu trabalho com os mais carentes e sem acesso aos serviços básicos”, como diz material muito bem feito pela assessoria de imprensa da pré-candidata.

Esse mesmo material também registra que ela trabalha desde os 18 anos e que fará uma campanha tendo como “eixos centrais de atuação o esporte, a juventude, causas das mulheres, cidadania e inclusão social”.

Além dessas características pessoais, a campanha de Ritinha tem tudo para impactar numa outra frente: a presença de alguém com ligação direta ao futebol na disputa. Aí tem gente que até torce o bico. Mas AndersonsBlog se pega num questionamento: se a esquerda sindical pode – e até mesmo deve – participar de eleições, se a direita conservadora, via evangélicos, pode – e até mesmo deve – participar de eleições, porque é que gente ligada diretamente ao futebol não poderia – e até mesmo deveria – participar ativamente do processo eleitoral?

E olha que esse fenômeno, futebol/política, tem algumas referências de peso, caso do senador Romário e, talvez ainda mais impactante, de Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético Mineiro, que foi prefeito de Belo Horizonte e é pré ao governo de Minas.

Se essa turma pode, porque é que Ritinha não poderia? Portanto, vamos ficar de olho no lance, pois Ritinha pode, sim, ser parte integrante do time que vai buscar a renovação da Alese, ora pois!

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