Sintese segue sendo Sintese. Já ao governo de Mitidieri falta algo que também faz falta na Educação: gente para ensinar matemática. Vai vendo!

Desde os tempos de Cinform que este AnderSonsBlog não pode ser chamado, necessariamente, de um defensor do Sintese por conta de reportagens naquele semanário questionando a prestação de contas do sindicato.

Portanto, ainda que respeite a atividade sindical do professorado, aqui não tem nada de defender sindicato. Aqui na casa o que se vê, sempre, é a defesa da Educação, ok?

Agora, não entender que o Sintese tem força suficiente para desgastar qualquer que seja o governo, aí já é inocência ou interesse próprio, né não?

Pois bem: e a querela entre o governo e o professorado por conta de 2,5% de aumento? Esse, na verdade, se revela um problemão pro governador Fábio Mitidieri (PSD), ainda que tenha gente demais passando pano na situação.

Veja, leitor e leitora, como a situação vem sendo malconduzida nas hostes governamentais. E isso matematicamente falando, viu?

Em 22, com o Piso Nacional do Magistério valendo R$ 3.845,63, o então governador Belivaldo Chagas, também do PSD, instituiu um abono de pouco mais de R$ 900 para, justamente, alcançar o valor do piso.

A grita foi grande, o Sintese bateu o pé mas, ao final, a situação se acomodou justamente pelo fato do valor do piso ter sido alcançado.

Já em 23, no primeiro ano de Fábio, apenas 4 meses após o início do governo, não é que a “genialidade” matemática governista resolve propor um aumento de 2,5% – ante os quase 15% de reajuste concedido no piso pelo Governo Federal, que elevou o mesmo piso a R$ 4.420,55 –, e isso diante de uma inflação acumulada no ano anterior de 4,9%?

Para “acalmar” os professores e professoras, a outra proposta governamental “genial” foi pegar R$ 100 reais do abono anterior – aquele de pouco mais de R$ 900 – e incorporar ao salário base, aproximando-o um tiquinho de nada do Piso Nacional.

Nossa senhora, parecia uma cartada de mestre, né? Só que 2,5%, como bem diz a oposição na Alese, é um reajuste mísero, bem próximo de uma esmola, né verdade?

Aí, ainda que não seja nenhum primor em matemática, AnderSonsBlog se pôs a fazer umas continhas aqui.

Se levarmos em conta o piso de 22, os tais R$ 100 agora incorporados significariam cerca de 2,6% de aumento. Somando-se esse percentual aos 2,5% aprovados em projeto do governo na Alese, teríamos aí já 5,1%. Portanto, apesar de ser um valor baixo, seria um pouquinho acima da inflação.

E, em assim sendo, o governo seguiria argumentando que não poderia pagar o piso agora, mas ao menos estaria repondo a inflação. E, como remédio momentâneo, manteria o abono até que pudesse contemplar os professores com o piso. Simples, não?

Agora, levados às cordas com o aumento miserável de 2,5%, o governo terá que dialogar mais do que nunca – e olha que, nesse sentido, o governo de Fábio é bem ok, pois dialoga sem nenhum problema – e, assim, terá pela frente o Sintese sendo… o Sintese, minha gente! Ou seja: exigindo salário e carreira, como de fato é mesmo a sua função, ora pois!

E o governo? Ora, ou cederá às pressões do Sintese ou seguirá sendo pressionado pelo mesmo, ainda mais com esse 2,5% de reajuste tendo chegado na cabeça da população, embora os bajuladores de plantão estejam “vendendo” que esse percentual foi legal e coisa e tal.

Enfim, está ou não está faltando gente pra ensinar matemática seja no governo, seja na Educação? Pois é, né?

 

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