Valmir de Francisquinho novamente decisivo, cultura de cancelamento e compensação e a responsabilidade estratégica

Samba de uma nota só! É assim que estas eleições serão lembradas. E essa nota é… Valmir de Francisquinho (PL). Mas nem vamos focar muito nisso porque se não ficará este AnderSonsBlog também numa nota só, visto que esse protagonismo foi alertado desde sempre pela casa, viu?

Mas o fato é que Valmir ganhou, não “levou” e todos em Sergipe, “aonde todos se conhecem”, sabem que o seu principal algoz foi, sim, Fábio Mitidieri (PSD), cujo partido “operou” nos bastidores através de uma procuração assinada pelo presidente da agremiação autorizando a contratação de caríssimos escritórios de advocacia para “melarem” as chances de Valmir em Brasília. E isso é público e notório, sem lenga-lenga nenhum e ponto!

Acontece que a decisão de Valmir em apoiar Rogério Carvalho (PT) no 2º turno para governador, mantendo-se eleitor de Bolsonaro (PL) para presidente, foi o ponto de partida do… 2º turno! Quer mais protagonismo do que isso?

E mesmo que as críticas tenham sido – e devem seguir sendo por algum tempo ainda – pesadas e insistentes, algo é latente: Valmir não poderia apoiar Fábio e nem poderia ficar neutro. Quanto a Fábio, nada a esclarecer. E quanto a neutralidade, aí dói é na pele de quem já a exerceu: em 18, quando daquele 2º turno, Valmir, neutro, foi ameaçado de prisão por seus adversários locais em Itabaiana e, quinze dias depois da eleição, foi preso num processo que segue inconcluso mesmo 3 anos depois! Precisa dizer algo mais?

Cancelamento e compensação

Aí vem o tribunal da internet, que é um espaço livre para que esse tipo de julgamento ocorra. Acontece que Valmir tem perdido seguidores, sim! Mas, veja só, leitor e leitora, por outro lado é Rogério quem tem ganhado seguidores!

Lógico que a proporção, nesse primeiro momento, não é a mesma. Mas o movimento é real, numa espécie de compensação que, no final das contas, favorece justamente a quem Valmir decidiu hipotecar apoio neste 2ª turno.

E quanto ao cancelamento, é bom que os estrategistas de Fábio soltem fogos e façam festa, pois se trata de um direito deles. Mas daí a achar que a maior parte dos “canceladores”, que são eleitores anti-petistas que apostaram em Valmir por ser o único viável pra eles naquele momento, vão votar em Fábio? Aí já é demais, né não?

Votariam, esses anti-petistas, em Fábio que é candidato de Belivaldo Chagas (PSD), o mesmo que é do Fórum de Governadores que tanto atacou e ataca o representante máximo do anti-petismo, justamente Bolsonaro, justamente aquele que Valmir segue votando para presidente? Como diria David Leite, “me bata um abacate aí!”.

Cada um no seu cada qual!

Por fim, mas não menos importante, vale lembrar que Valmir não é o candidato. E vale destacar uma breve conversa que AnderSonsBlog teve com Jackson Barreto (MDB) na coletiva de anúncio do apoio de Valmir a Rogério. A casa aqui aproveitou para lembrar que em 1998, ao se aliar a Albano, JB foi acusado de traidor, não se elegeu senador, mas depois foi deputado federal, vice-governador e, finalmente, governador num espaço de apenas 16 anos.

Assim, voltemos: Valmir não é o candidato. E essa cantilena de que ele traiu – traiu a quem mesmo? – se diluirá na sua vida pública sem maiores problemas. Já Rogério, que é, sim, o candidato com maior chance de vencer neste 2º turno, tem que cuidar!

Sim, porque vai que o “marketing do mal” acerta?  Até agora, mesmo com a cooptação de nomes de “peso” do jornalismo – alguns deles, tremendas decepções éticas, com acusações aleatórias e vexatórias de um suposto “esquema” por trás do apoio, mas sem nenhuma prova – e com as peças lançadas em forma de vídeo – como o da ridícula “acusação” de que “caíram as máscaras” feitas por Fábio numa cara lisa danada, daquelas que nenhuma máscara se assenta por muito tempo por uma improbabilidade da física mesmo e por conta da imensa quantidade de “óleo de peroba” nela – não deu nada certo. Mas vai que, né?

Portanto, que Rogério cuide! E cuide ligeiro! É que não dá para apostar que o tal “marketing do mal” seguirá errando sempre! E mesmo que os “robozinhos” pró-Fábio, que estão fazendo coro aos anti-petistas, pareçam algo passageiro, é bom não brincar com isso. Eleição de 2º turno é tiro curtíssimo e, como diria a sabedoria popular, “prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém”. Reforce-se: Valmir não é mais o candidato. Agora, o candidato é Rogério! Simples assim, né não?

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