Um dia após o outro e uma noite no meio: Aseopp contra Associações Pró-Construção pode ter motivação por chegada da Moura Dubeux em Sergipe?

Rapá, pense num vespeiro: após AnderSonsBlog se indignar e expor essa indignação por conta da ação movida pela Associação Sergipana de Construtores de Obras Públicas e Privadas (Aseopp) contra as Associações Pró-Construções – essa ação está em curso e em vias de ser julgada –, eis que um volume gigantesco de informações passou a ser enviada aqui para a casa (via christianjor@gmail.com e via zap-zap). E a coisa é bem mais complexa do que julga “a nossa vã filosofia”.

E assim, novamente visando tomar pouco tempo seu, leitor e leitora, vamos ser o mais econômico possível, ainda que isso não impeça a profundidade com que este assunto precisa e tem que ser tratado.

A verdade é que, como alertado aqui mesmo, a questão dos grandes construtores e incorporadores se voltarem contra os associativos é, sim, uma tentativa de impedir a evolução da relação de consumo entre quem constrói e quem adquire imóveis. Isso é um fato tão claro que nem precisa de muita explicação.

Cabe ao consumidor escolher, dentre as opções legítimas e existentes, a forma como deseja adquirir seu imóvel. Simples assim! Só que alguns construtores entendem isso e outros não. Nesse campo dos “outros não” é que se encaixa essa ação judicial da Aseopp.

Só que, diante da enxurrada de informações enviadas à casa, uma saltou aos olhos: a construtora Moura Dubeux, oriunda de Pernambuco e seguramente a maior do Nordeste e uma das maiores do Brasil, vem desembarcando em Sergipe com incorporação tradicional e com um modelo que cobra o preço de custo pela obra – algo que, em síntese, é o que fazem as Associações Pró-Construções.

Como atua num nicho bem claro do mercado imobiliário, a construtora pernambucana optou por exercer aqui em Sergipe, dentre os seus empreendimentos, esse modelo similar aos das construções associadas.

Além disso, a Moura Dubeux também firmou parcerias com famílias quatrocentonas sergipanas, daquelas que possuem áreas aptas para construções em espaços absolutamente nobres de Aracaju.

Ou seja: com locais privilegiados e com um modelo que permite que os associados deem pitacos efetivos na obra em si, barateando-a ao máximo, a Moura Dubeux pode ter sido o chamado “fio desencapado” que resultou nessa atuação um tanto quanto desproporcional da Aseopp contra as Associações Pró-Construção.

Resumo da ópera: uma grande construtora de renome nacional, a Moura Dubeux, percebeu que tinha que se modernizar e aderiu a um modelo similar delo da construção associada. E as construtoras sergipanas, sob o guarda-chuva da Aseopp, simplesmente não aceitam essa coisa de se modernizar e querem impedir que o modelo de construção associada progrida e nem sequer exista em Sergipe.

Claro que AnderSonsBlog não cometeria a ilação de afirmar que há uma relação direta entre a chegada da Moura Dubeux e a ação judicial da Aseopp. Mas que não deixa de ser uma coincidência muito relevante, isso não deixa mesmo! Sigamos!

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