ALÉM DO DECLARADO – “Talysson é de Itabaiana, transferiu o título de eleitor para Areia Branca neste mês (…) é como se estivesse voltando a ser um povoado. Desemancipando-se! (…) E esse atual, o Alan, que não vive na cidade? Ele construiu uma casa em Itabaiana e mora lá”, Ascendino de Sousa, ex-prefeito de Areia Branca por 3 vezes (JL Política & Negócio em 11/04/24)

Sousa, como é conhecido no município de Areia Branca, está no exercício pleno do seu direito de opinar livremente sobre as Eleições 24 na cidade que o acolheu por 3 vezes como prefeito (1989/1992, 1997/2000 e 2005/2008). E, salvo engano, a esposa dele, Acácia, geriu o município entre 2014/2016 em virtude da cassação do mandato do então prefeito Agripino, de quem ela era vice, beleza?

E as declarações de Sousa no sempre abrangente JL Política & Negócio, do jornalista Jozailto Lima (leia a publicação original AQUI), poderiam até ser levadas em consideração se não partissem de uma premissa absolutamente equivocada, pois o fato de Talysson de Valmir (PL) ser itabaianense de nascença não o desabona em nada quanto a sua capacidade de gerir os destinos de uma cidade que, pra completar, é vizinha e é irmã de Itabaiana.

E pra que Talysson, governando os destinos de Areia Branca, pudesse ‘desemancipar’ o município, aí, cabra, ele teria mesmo é que ser presidente da República e ter força no Congresso Nacional para mudar a Constituição Federal e também a Constituição Estadual, ora pois! Como prefeito de Areia Branca, Talysson terá que cuidar, constitucionalmente, é de Areia Branca e cabô!

Já em relação a crítica que Sousa faz ao atual prefeito, Alan de Agripino (PSD), a casa aqui concorda em parte, visto que Alan, prefeito desde 16 e findando seus dois mandatos consecutivos no final deste ano da graça de 24, talvez não tenha conseguido evoluir a cidade de Areia Branca a ponto dela ter condomínios devidamente qualificados para a pessoa adquirir lotes e construir a residência que sempre sonhou pra si e pra sua família. E isso, em parte, também é culpa das duas gestões do próprio Alan. Mas será que se Sousa tivesse feito bem a parte que lhe coube nas suas três gestões, Alan não teria recebido um município muito melhor do que recebeu, fazendo, assim, a cidade evoluir a ponto de ter condomínios também? É pra se pensar, né não?

Ao final e ao cabo, pra dizer a verdade, essas declarações de Sousa têm todo um viés eleitoreiro que não ajudam em nada quanto ao debate sobre o futuro de Areia Branca. Até porque a ‘matemática’ é simples demais: Sousa fez o que fez nos seus três mandatos e a população que o julgue! Alan fez o que fez nos seus dois mandatos e a população que o julgue também na hora que ele apresentar sua a pré a prefeito pra sua sucessão. E tá tudo bem e tudo certo, né isso?

Agora, querer tratar a pré a prefeito de Talysson de Valmir em Areia Branca como se fosse uma espécie de ‘alienígena’ ou um ‘estranho no ninho’, mesmo sendo Areia Branca e Itabaiana ‘carne e unha’ no sentido municipalista, vizinhas e irmanadas no sentido de atender as demandas das populações que habitam em ambas as cidades, forjando um antagonismo que simplesmente não existe, aí já é brincar com a inteligência do povo, né verdade? Sem mais!

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