Destaque internacional de Yandra Moura é a comprovação de que a mulher sergipana pode ir onde ela quiser, inclusive representar o Nordeste no maior evento do mundo em defesa da mulher. Vai vendo

O assunto não foi tão explorado ao longo desta semana que vai acabando. Possivelmente por conta da janela partidária, das arrumações eleitorais visando o pleito municipal deste ano, ou ainda por conta de denúncias sobre incitação à violência, enfim, foi uma semana bem cheia de notícias no mundo da política.

Mas AnderSonsBlog não perderia a oportunidade de destacar a presença da deputada federal Yandra Moura (União) na 68ª edição da Commission on the Status of Women (CSW68), que vem a ser a Comissão Sobre Condição das Mulheres, evento realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, nos Estados Unidos.

Olha só, leitor e leitora, o naipe do evento: dentre as parlamentares brasileira presentes, juntas com mulheres de todo o planeta, Yandra esteve ao lado das deputadas federais Ana Pimentel (PT/MG), Ana Paula Lima (PT/SC), Benedita da Silva (PT/RJ), Maria do Rosário (PT/RS) e Laura Carneiro (PSD/RJ). Portanto, como se vê pelas siglas partidárias, majoritariamente dominadas pelo PT, a presença de Yandra não se deveu a seus posicionamentos ideológicos – até porque Yandra já disse ser de direita, mas sem radicalismos imbecis que tanto vemos por aí, né não?

O fato é que ter sido a única mulher nordestina escolhida para participar da CSW68 diz respeito diretamente ao desempenho de Yandra no Congresso Nacional, especialmente como coordenadora do Observatório da Mulher na Política. E esse desempenho cresce a olhos vistos quando se avalia que ela está apenas no início do segundo ano de seu primeiro mandato em Brasília. Não é pouca coisa, não, viu?

Já da CSW68, vale destacar uma discussão, dentre várias realizadas com o intuito de garantir melhores condições para as mulheres em todas as partes e países do planeta, que foi a que direciona esforços conjuntos para a equidade salarial entre os gêneros como forma de reduzir as desigualdades sociais.

Veja, leitor e leitora, que bom debate temos aí e que oportunidade incrível para o Brasil sair na frente: já foi aprovada e sancionada pelo presidente Lula (PT) a lei que exige a igualdade salarial entre homens e mulheres. Como todas as leis no Brasil, teremos um tempo de adaptação – sim, é terrível essa condicionante, mas é a realidade dura e crua, né? –, mas isso não pode ser impeditivo de levarmos adiante a necessidade de se discutir esse assunto de maneira ampla, geral e irrestrita.

E, nesse caso, Yandra e as demais parlamentares são espécies de farois para guiar esse debate. Senão, vejamos: pra ficar em exemplos claros, imaginemos a periferia aracajuana, em que tantas e tantas casas têm como sustentáculo financeiro o trabalho de mulheres.

Se o salário ao final do mês dessa mulher, realizando a mesma tarefa em que homens, naquela função, recebem mais, caso a lei de igualdade salarial prevaleça, é lógico que a vida das famílias que dependem do trabalho feminino melhorará, pois o salário dessa mulher também melhorará. Quer forma mais objetiva de reduzir desigualdades sociais do que essa?

Lógico que os debates da CSW68 foram além dessa questão, discutindo o combate à violência, ao abuso, ao feminicídio, ao acesso à Saúde, Educação e outros temas. Como é lógico também que a presença de Yandra Moura, deputada federal de Sergipe, representando as mulheres do Nordeste, é engrandecedor para o estado como um todo.

Assim, embora todos os olhos e ouvidos das gentes envolvidas de alguma forma com a política estejam voltados, nesse momento, para as Eleições 24, é bom estarmos atentos aos resultados colhidos por Yandra na CSW68 ao longo da última semana.

Até porque, nesse caso, mesmo os debates políticos acabam tendo o seu nível elevado. E quando se lembra que Yandra Moura é, sim, pré a prefeita de Aracaju, aí é que vemos o quanto a elevação do nível dos debates pode fazer um bem danado a toda a sociedade. Que assim seja!

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