“É importante salientar que, no atual momento, não podemos nos valer apenas da vacinação para controlar a pandemia. As medidas não farmacológicas, como o isolamento social e o uso adequado de máscara, continuam fundamentais”, comenta o infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Tiradentes, Matheus Todt. “Hoje, o país possui menos de 15% da população complementarmente imunizada e precisamos de mais de 70% para começarmos a controlar a pandemia. Portanto, ainda temos muito chão pela frente”, acrescenta. Para o especialista, as medidas de biossegurança sozinhas não são capazes de controlar a pandemia. “Elas conseguem reduzir a velocidade de disseminação da doença e reduzir a sobrecarga do sistema de saúde. Isso possibilita o acesso à UTI nos casos graves e nos dá mais tempo para imunizar a população. Infelizmente, desde o início da pandemia, as autoridades e a população não levaram a sério essas medidas de controle. O resultado dessa atitude nós já sabemos com mais de meio milhão de óbitos”, observa o infectologista. Para o professor da Unit, reduzir a transmissão é uma forma efetiva de reduzir a carga da mortalidade. “Ao reduzirmos a velocidade de infecção, reduzimos a sobrecarga do sistema de saúde, possibilitamos atenção adequada aos casos graves e, consequentemente, reduzimos o número de mortes”, enfatiza. “O que podemos fazer para contribuir com isso todos já estão calejados de escutar é o isolamento social, uso de máscaras, higiene das mãos e vacina logo que possível”, finaliza.