Uma caríssima amiga de AndersonsBlog, que deve ficar no anonimato devido aos seus compromissos profissionais, lançou uma provocação que o blog acatou como válida: não há discussão de pré ao governo que aponte para uma mulher como pleiteante ao cargo. Como vice, todos têm nomes a disposição. Valmir de Francisquinho (PL) já disse que a vereadora Emília Correia (Patriotas), seria um grande nome. Dentre os governistas, há os que defendem o nome de Luciana Deda (PDT) para a missão de vice de Fábio Mitidieri (PSD). E agora, mais recentemente, apareceu a possibilidade da filha de Lula, Luriam Silva, ocupar a vaga de vice do pré ao governo Rogério Carvalho (PT). Mas o fato é que nenhuma agremiação manifestou interesse em colocar na cabeça de chapa o nome de uma mulher. Diante desse vácuo, o PSOL, que pode até apoiar Rogério, mas que também tem debatido internamente a possibilidade de uma pré candidatura própria, tem um trunfo nas mãos dos mais qualificados. Trata-se da vereadora Linda Brasil, mulher trans que, além de suprir a falta de uma figura feminina na disputa, tem um mandato – ou uma mandata, como ela mesma prefere – que tem sido referência nos debates sobre minorias e, muito destacadamente, na defesa dos direitos da mulher. E justamente por ser uma mulher trans, Linda agregaria ainda um ineditismo que a colocaria na vanguarda política nacional, levando o PSOL a um protagonismo efetivo nas eleições 22. Claro que as discussões internas do partido dizem respeito aos seus integrantes, sem dúvida. Mas não deixa de ser uma possibilidade interessante ver Linda Brasil, que por enquanto é pré a deputada estadual, centralizar os debates sobre gênero, minorias, respeito a diversidade e outras bandeiras afins numa pré ao governo pessolista, né não?