VALE LEITURA – Demétrio Varjão, presidente do PSOL Aracaju, traça vigoroso paralelo entre candidaturas petistas de Lula e de Rogério Carvalho

Como é bom ler texto bom, que esclarece, abre as ideias para novas ideias, avalia cenários e, assim, motiva que cada um de nós façamos nossas avaliações também, concordando, discordando, acrescentando. Por isso mesmo que temos aqui no AndersonsBlog o espaço para o VALE LEITURA. Devidamente autorizado para republicação, o texto a seguir é do presidente do PSOL em Aracaju, Demétrio Varjão. E, independentemente de suas opções partidárias, leia que vale, sim, bastante à pena. Boa leitura, leitor e leitora!

 

Tinha um Geraldo Alckmin no meio do caminho

No meio do caminho tinha um Geraldo Alckmin

Por Demétrio Varjão*

Um certo dia, um certo alguém falou para o ex-presidente Luiz Inácio: “Lula, Geraldo Alckmin vai ser o seu Michel Temer”.

Lula fez ouvidos moucos. Mas sabe como ninguém que o Brasil não é para principiantes e só estupidamente poder-se-ia crer na lealdade de um tradicional representante da oligarquia paulista, que apoiou abertamente o golpe de 2016 e a fraude judicial que privou sua liberdade e seus direitos políticos em 2018.

O problema é que Lula e o PT estão viciados numa fórmula já ultrapassada de se fazer política, adaptada a um cálculo eleitoral empoeirado no qual é inevitável a adição de compromissos e coligações com os lobistas dos mais ricos e privilegiados da sociedade, na crença de que só é possível vencer aliando-se com o andar de cima.

O mesmo acontece com o PT de Rogério Carvalho em Sergipe, que prioriza formalizar uma composição com setores do atraso (como os Valadares, Valmir de Francisquinha (SIC) ou Eduardo Amorim), e não abre espaço para a construção de um programa eleitoral de mudanças substantivas com os movimentos sociais e partidos da esquerda sergipana.

Derrotar o bolsonarismo em 2022 exige coragem para pensar fora da caixinha.

É perigoso que a candidatura à vice de Lula seja personificada por um tradicional político da privataria tucana, vai soar nos ouvidos de amplas camadas confusas e indecisas como “mais do mesmo”. Um banho de água fria numa eleição imprevisível, que ocorrerá à quente.

Precisamos de uma vice-candidatura que tenha a cara do povo brasileiro, identificada com as lutas populares e comprometida pela luta contra o governo genocida e pela revogação das políticas de destruição social e ambiental iniciadas com o golpe e aprofundadas pelo bolsonarismo.

*Presidente Municipal do PSOL Aracaju”.

 

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