Os norte-americanos têm um dito popular bem pomposo: “beating dead horse”, o que é o equivalente ao nosso “chutando cachorro morto”. Em tempos politicamente corretos, melhor explicar direitinho antes de avançar, né?
Quando não há mais nada a se fazer, quando não há mais contra o que ou contra quem lutar, se diz que a insistência em fazer essas coisas é o mesmo que “chutar cachorro morto” ou “beat dead horse”, entendido?
Assim, vamos ao que interessa: a turma da política que hoje bate severamente em Edvaldo Nogueira (PDT) intenciona não o prefeito de Aracaju em si, visto que ele encerra seu ciclo na prefeitura – por sinal, o maior da história da capital sergipana – no final do ano que vem, reeleito que já foi.
O que a turma quer é ocupar o espaço por ele hoje ocupado. E aí, adversários e mesmo alguns ‘aliados’ batem forte, mas forte mesmo com vistas a desgastar Edvaldo.
Na modesta avaliação de AnderSonsBlog, um desperdício de tempo. Mas na cabeça de uns e outros do ‘marquetingue’, isso de ‘beat dead horse’ pode ser o caminho. Ou por razões efetivas, ou por falta de conteúdo das pré a prefeito até aqui apresentadas.
Mas veja, leitor e leitora, a tentativa de desconstruir Edvaldo Nogueira invariavelmente passa pela ‘persona política’ do prefeito. “Ah, ele não tem grupo!”; “ah, ele não agrega!”, “ah, ele não é ‘simpático!’” e coisa e tal.
E mesmo quando as críticas se referem à gestão, os ataques são aos problemas que toda e qualquer cidade possui, possuiu e sempre possuirá, como transporte, por exemplo. Afinal uma cidade é um organismo vivo e sempre apresentará demandas, né verdade?
Agora, alguém já viu alguma pessoa da política chegar e dizer: “a gestão de Edvaldo é desorganizada, é esculhambada, é mal pagadora ou é mal gerida”?
E grande parte dessa organização tem que ser creditada ao até recentemente secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Augusto Fábio.
Sob o guarda-chuva dele, além de uma otimização no sentido de organização das receitas, das despesas, líquidas e/ou correntes, uma modernização ímpar ocorreu ao longo dos quase sete anos em que Augusto comandou a pasta.
Lógico que como ninguém ‘é uma ilha’, Augusto Fábio não fez nada sozinho, tendo como parceiro de primeira hora o Finanças da gestão aracajuana, Jeferson Passos, os demais secretários e, claro, a confiança e apoio do próprio prefeito Edvaldo Nogueira.
Ou seja: os resultados de Augusto Fábio foram decisivos para que a gestão de Edvaldo tenha qualidades que nem os seus mais ferrenhos adversários conseguem contestar, né isso?
E agora isso está sendo coroado com o convite, aceito, para a diretoria Administrativa e Financeira do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE). A sacada de sacar Augusto Fábio da prefeitura para tão estratégico cargo no TCE/SE foi da nova presidente da corte de contas, Suzana Azevedo.
E veja, leitor e leitora: o mandato na presidência do TCE/SE é de dois anos, portanto metade do de um prefeito. Assim, além de questões salariais e de cunho pessoal, é possível garantir que Augusto Fábio, ao aceitar o convite de Suzana Azevedo, seguramente também o fez por conta dos desafios que se imporão a sua nova ocupação a partir de janeiro.
E isso é positivo para a sociedade pelo fato de que alguém técnico vai ocupar uma posição eminentemente técnica num órgão que tem, obrigatoriamente, que lidar com gestores públicos, sendo que a imensa maioria destes foram eleitos, portanto são políticos.
E aí Augusto ajudará a desmistificar uma absurda visão atabalhoada de que a política pode prescindir de quadros técnicos e que os quadros técnicos têm que achincalhar com a política e com os políticos. Nos atuais tempo, isso é uma bobagem sem tamanho, sendo que o político e o técnico não podem ser excludentes entre si, tendo que coexistirem a bem da qualidade da gestão pública, ora pois!
É uma equação simples: o técnico alcança um espaço numa gestão municipal ou estadual ou federal através do político e, por sua vez, o político só faz uma boa gestão municipal ou estadual ou federal se se cercar de bons técnicos. E não há nenhuma contradição nisso, viu?
Por fim, para AnderSonsBlog, essa movimentação de um técnico qualificado como Augusto Fábio é, sim, perda pra Edvaldo; é acerto de Suzana; é ganho pro TCE/SE; e é a certeza para a sociedade de que, sim, é possível se ser técnico sem ferir as relações políticas, bastando ter foco, competência e inteligência para tal. E Augusto Fábio tem isso tudo. Pra cima!