Ecos nacionais e locais da tomada do PSB de Valadares Filho por Zezinho Sobral e os consequentes questionamentos que acabam caindo no colo go governador Fábio Mitidieri sobre as Eleições 24

Pra sermos justos e amplamente abrangentes, comecemos nossa análise por Brasília e pelos personagens principais no episódio da mudança de comando do PSB em Sergipe.

Zezinho Sobral, agora à frente do partido, não tem nada a ver com o balaio de gato que se tornou isso tudo, pois fez a sua parte para ter um partido para chamar de seu. E em se tratando do PSB, fez bem demais a parte que lhe coube por se tratar de uma legenda de peso e tradição em Sergipe.

O outro protagonista, Valadares Filho, também está no seu direito de reclamar, sem problema algum. Afinal, passou no partido, veja só, leitor e leitora, ¼ de século, 25 anos! Isso é uma vida! Então suas reclamações, ainda que menosprezadas pelo presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira, têm fundamento, sim!

Agora passemos a dois coadjuvantes: primeiro Márcio Macedo (PT) diz não ter nada a ver com o imbróglio, que está com foco no PT, que isso, que aquilo e que blá-blá-blá. Mas como pode o ministro não dar atenção especial a uma espécie de golpe que um aliado seu sofre, ainda mais quando ele é da ‘cozinha’ do presidente Lula, cujo vice, Geraldo Alckmin, é o nome do PSB a ocupar o segundo mais alto cargo de poder dum país presidencialista? A isso se conceitua aqui em Sergipe como ‘deixar um amigo na BR’, né isso?

E finalmente, o governador Fábio Mitidieri (PSD): inicialmente dizendo que soube do assunto pela imprensa – e AnderSonsBlog diz às suas netinhas mais novas que Papai Noel existe e tá tudo certo, afinal a mais velha tem 3 anos! – e sendo desmentido pelo mesmo Carlos Siqueira, o fato é que Mitidieri e Zezinho estiveram em Brasília esta semana, coincidentemente quando houve o desfecho em que o vice-governador passou a comandar o PSB!

Acontece que quando avaliamos todo o ocorrido sob a luz das Eleições 24, especialmente em Aracaju, uma série de questionamentos surgem. Dentre eles, o mais latente: Luiz Roberto (PDT), Katarina Feitoza (PSD) e Yandra Moura (União) entram como nisso tudo?

Comecemos por Luiz Roberto: lançado ‘precocemente’ pelo prefeito Edvaldo Nogueira como nome à sua sucessão, Luiz não mereceria um tempo maior para maturação de seu nome, quem sabe um crescimento nas pesquisas, para só depois passar a ter o vice-governador como mais um possível competidor como pré a prefeito de Aracaju na base governista?

E Katarina Feitoza, chancelada pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, como possível pré a prefeita de Aracaju, terá do governador Fábio Mitidieri as mesmas deferências que este mostrou ao seu vice nesse episódio da tomada do PSB por Zezinho?

E Yandra Moura, cujo pai, André Moura, fez do que fez para a eleição de Fábio no ano passado, em algum momento poderá ter questionada sua fidelidade governista por encarar a pré a prefeita de frente, até mesmo por ter brilho próprio e um belo mandato como bases sustentadoras de suas intenções eleitorais para o ano que vem?

E, finalmente, será que esse fortalecimento de Zezinho Sobral seria uma resposta de Fábio à Edvaldo, visto que, combinemos, Zezinho foi o plano B em 22, uma vez que a intenção de Fábio era ter a esposa do atual prefeito como vice, mas agora se torna figura central dos debates? E a afirmação de que Edvaldo comandará o processo de escolha do nome à sua sucessão, feita pelo governador, continua valendo?

É muita coisa acontecendo e muita água passando por baixo da ponte do Rio Poxim no caminho entre o Palácio de Veraneio e o Centro Administrativo Aloísio de Campos, viu?

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