Nesta sexta, 22 de março, a partir de convocações das principais centrais sindicais, mas com especial destaque pro Sintese e pro Sindisan, sindicatos dos trabalhadores em Educação e da Deso, respectivamente, tem manifestação em defesa do magistério e contra a privatização da água em Sergipe.
A concentração será na sede da Deso, na rua Campo do Brito, já bem cedinho, e de lá seguirá pelas ruas do centro de Aracaju.
Ou seja: exatamente uma semana antes da Sexta-feira Santa, tem uma sexta-feira que pode se tornar histórica.
Mas pra que isso aconteça, é preciso se estar atento a algumas questões.
Primeiro, tem que ter gente, muita gente! E, nesse caso, não se deve duvidar da capacidade de mobilização dos sindicatos envolvidos. Então, muita gente terá, sim!
Segundo: o campo discursivo do protesto tem que reverberar! E, nesse caso, combinemos: o Sintese tem uma pauta irresistível, que é a valorização da Educação. Teria quem, em sã consciência, se posicionasse contra a valorização da Educação? Lógico que não!
Já no caso do Sindisan, possivelmente a pauta tem que ser melhor explicada. Explica-se: é preciso provar por A + B que a culpa dos maus serviços a partir da Deso são responsabilidades dos governos de plantão, que mandam na Deso e cabô! E que a privatização não só não garante a solução desses problemas como podem até mesmo agravá-los!
E terceiro, e talvez o mais importante: Aracaju tem que parar pela parte da manhã desta sexta para que os reclames dos participantes dessa manifestação sejam amplificados e ecoem na sociedade como um todo.
Por fim, se isso tudo acontecer, teremos uma convergência real entre um punhado de insatisfações efetivas e uma ruma de gente que ainda quer saber a que veio e ao que virá o governo de Fábio Mitidieri (PSD).
E como não tem nada tão poderoso como o tal ‘rugir’ que vem das ruas, é bom o governo de Fábio ficar de olho no que sairá das ruas nessa sexta, sob pena de, em caso de desatenção e de desinteresse, acabar sendo engolido pela história, né?
1 Comentário
Luis Americo
Não se pode esquecer o papel histórico da Deso em Sergipe, que vem desde o projeto
Chapéu de Couro, de João Alves, passando pela modernização das adutoras feita por Deda, até o desmanche do aparato técnico que se viu após isso! Sacrificar uma empresa que sempre foi orgulho dos sergianos por desmandos e desleixos de alguns governos, é a lei do menor esforço, e FM não pode entrar pra história negativamente com essa atitude.
Já os professores, não tem nem o que se discutir. Tem que pagar o Teto constitucional e acabar com essa fantasia jurídica criada em nosso estado pra burlar a lei.