ALÉM DO DECLARADO – “Nem homem nem mulher para ser prefeito ou prefeita, mas capacidade técnica testada e aprovada. Aracaju viveu um momento difícil há alguns anos, com lixo nas ruas, salários atrasados, entre muitos outros problemas. Naquela ocasião, a equipe gestora não agiu como deveria, aliados não intercederam e o caos aconteceu. Não dá para arriscar e retroceder”, Luiz Roberto, pré a prefeito de Aracaju (Blog Primeira Mão do jornalista Eugênio Nascimento em 06/04/24)

Ok, gentes aracajuanas, Luiz Roberto (PDT), o pré a prefeito apontado pelo atual gestor Edvaldo Nogueira, também do mesmo PDT, tem todo o direito de analisar as próximas eleições ao seu jeito e da forma que melhor entender, problema nenhum nisso.

Mas não fica meio que na cara que esse papo de “nem homem nem mulher para ser prefeito ou prefeita” se trata de uma de tentativa de criar uma espécie de antídoto da parte da pré-campanha dele no sentido de ‘neutralizar’ a supremacia feminina, ao menos até o momento, nas Eleições 24 em Aracaju?

Lógico que essa avaliação é de AnderSonsBlog, cabendo ao próprio Luiz se posicionar em relação a ela. Mas a declaração dele no Blog Primeira Mão, do sempre atento e antenado jornalista Eugênio Nascimento (leia a publicação original AQUI), é eivada de uma postura defensiva que, da parte da casa aqui, tem toda uma engenharia engendrada pra justificar o fato de que ele, Luiz, sendo homem, se arvora de uma capacidade que, pra sermos justos, também cabe a cada uma das mulheres até o momento postas neste período de pré-campanha à prefeitura da capital.

Candisse Carvalho (PT), Emília Corrêa (PL) e Yandra Moura (União) devem ser cobradas na pré e na campanha em si em relação a essa tal “capacidade técnica testada e aprovada” não por serem mulheres, mas por ofertarem seus nomes à disputa e por defenderem o modelo de cidade que cada uma delas entende como o melhor! E isso nada tem a ver com a condição de gênero delas. Por isso que AnderSonsBlog rechaça essa fala de Luiz sobre “nem homem nem mulher”, ora pois!

E tem mais uma coisa que incomodou a casa aqui nessa fala de Luiz: o saudoso João Alves, último prefeito de Aracaju antes de Edvaldo e cujo final do mandato foi catastrófico, e isso é um fato, já estava acometido de Alzheimer, algo que só se tornou público depois. Será que ‘jogar pedras’ naquele triste período aracajuano é mesmo uma forma legal de se posicionar como o ‘mais preparado’ para gerir os destinos de Aracaju? Eis aí um ponto pra se refletir, né não?

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