Quando, há coisa de dois meses, o ex-prefeito da Barra dos Coqueiros, Airton Martins (MDB), definitivamente rompeu com o atual, Alberto Macedo, também MDB, cuja a eleição ele, Airton, foi avalista e principal articulador, o pessoal da política barra-coqueirense, de oposição a ambos, claro que se posicionou detonando Airton. Era como se eles dissessem: “olha aí, colocou e agora quer tirar para voltar!”.
Mas… o tempo é senhor de tudo, não é mesmo? Desde a semana passada, quando o estrangulamento do trânsito na ponte Construtor João Alves, a Aju/Barra, se tornou um calvário gigantesco, as coisas começaram a chegar para o seu devido lugar.
E assim, através de jornadas fantásticas em coberturas jornalísticas irretocáveis, com a Fan FM, através do âncora Narcizo Machado e da repórter Magna Santana desnudando o imenso problema, demonstrando que a prefeitura da Barra estava, literalmente perdida no enfrentamento da questão, uma “pulguinha atrás da orelha” deste AnderSonsBlog ficou a remoer todo esse imbróglio.
E eis que, numa busca pelos seus arquivos, o site encontrou artigo datado de 23 de agosto de 2021 (leia AQUI). Nele, Airton já alertava para o problema que se concretizou nas duas últimas semanas: o trânsito na Aju/Barra iria colapsar.
E, no artigo de AnderSonsBlog, o mesmo Airton apontava três soluções: uma nova ponte entre as duas cidades; duplicação de ao menos um trecho, o barra-coqueirense, da SE 100; além da construção de um viaduto na rótula de entrada da Barra.
Obras grandiosas, claro, bem caras também, por óbvio, mas que precisariam de um enfrentamento, de um olho no olho entre a gestão da Barra, do Governo do Estado e do Governo Federal.
E, ao longo desse um ano e meio entre o alerta de Airton e o colapso do trânsito na Aju/Barra, qual foi a ação efetiva da prefeitura, comandada por Alberto, para buscar alguma dessas soluções ou de outras ações pelo menos paliativas?
Bem, se alguém souber e tiver provas do que foi feito, pode enviar para AnderSonsBlog que a gente publica de boas. Mas, até lá, fica o que todos nós sabemos: Airton alertou e Alberto fez “ouvidos de mercador” e, como se diz na no povoado Taperinha, em Lagarto, “nem chite!” pro assunto.
Claro que temos agravantes para a problemática que não são da alçada da prefeitura da Barra: blitze da CPTRAN são complicadoras ao se darem nas imediações da ponte, lógico. E obra de manutenção da Aju/Barra em plena efervescência do verão também é uma prova de que o governo estadual não está lendo corretamente a situação: ou fazia a manutenção antes, ou fazia depois da alta estação, até mesmo por conta do necessário incentivo ao turismo no litoral Norte sergipano, ora pois!
Agora, dizer que o rompimento de Airton Martins com Alberto Macedo se deu por questões político-eleitorais é uma tremenda forçação de barra – com o perdão do trocadilho.
O fato é que Airton, do alto de três gestões, sendo as duas últimas de excelência a ponto de levar Alberto para sua segunda administração no município, teve e tem uma visão ampla sobre o futuro da Barra e sobre os problemas que podem atravancar o futuro de uma das cidades que mais cresce no Estado.
E em assim sendo, ao alertar já lá atrás e não ser ouvido pela atual gestão, teria Airton outro caminho a não ser romper com o que aí está e projetar uma nova formatação política já para 24? Você, leitor e leitora, tomaria alguma posição diferente dessa? Quando a gente não é ouvido, melhor mesmo é procurar novos caminhos. Até para não ser tragado pela inação de quem não quis e nem quer nos ouvir, não é mesmo? Simples assim!
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