Pense numa alegria que este AnderSonsBlog ficou ao se deparar, nas redes sociais e na página oficial da prefeitura de Lagarto, cidade natal deste que vos tecla, com a reinauguração do Colégio Cenecista Laudelino Freire na última sexta, 5!

E pense numa tristeza que se abateu sobre a casa aqui ao ver que nem num momento desses o agrupamento do deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos) e da prefeita Hilda Ribeiro (sem partido) é capaz de ter a grandeza de reconhecer a participação das pessoas na realização de algo tão vultuoso quanto a reabertura do Laudelino?

Vamos por partes, pra ficarem melhor esclarecidos o ‘ingratidão’ e o ‘traição’ lá de cima no título dessa postagem: a traição nem é preciso detalhar muito, haja visto o que Gustinho e sua esposa, a prefeita Hilda Ribeiro, fizeram com o líder popular Valmir Monteiro (Podemos). Além de celebrarem o apeamento deste do poder, lá em 19, jamais, em tempo algum, de maneira nenhuma, fizeram algum gesto positivo em relação à Valmir, que hoje padece de um câncer, luta diariamente pela própria vida e não há como negar que toda essa situação advém da traição pela qual ele passou, e sobre isso nem se tem o que se discutir.

Já em relação a ingratidão, o caso do Laudelino Freire é emblemático. Em 22, o vereador Matheus Corrêa (Podemos) buscou o apoio de um sergipano de altíssimo grau junto a Campanha Nacional das Escolas da Comunidade, a CNEC, de onde surge o epíteto “Cenecista”. Tratou-se do Padre José Lima Santana, homem de cultas letras, um gestor na acepção da palavra, já tendo sido inclusive secretário de estado em mais de uma pasta e que, olha que benção para os lagartenses e sergipanos, é vice-presidente da CNEC.

E essa história AnderSonsBlog já havia contado (leia AQUI e AQUI), inclusive com a confirmação do próprio Zé Lima de que havia sido Matheus, seu ex-aluno na UFS, no segundo semestre de 22, que o havia procurado e o levado até o Laudelino Freire, cujo estado deplorável o vice-presidente nacional da CENEC havia atestado e, de fato, se horrorizado. Inclusive Zé Lima, em sua grandeza d’alma, faz esse registro justamente na cerimônia de reinauguração do Laudelino, o que pode ser comprovado num vídeo reproduzido ao final dessa postagem.

Diante do problema, a busca pela solução: Zé Lima, como ele mesmo diz, passou a “atormentar” o presidente nacional da CENEC, Alexandre Santos. O presidente ouviu seu vice e caiu em campo: como a instituição filantrópica estava reabrindo colégios cenecistas por todo o país, estava na hora de se incluir o lagartense Laudelino Freire no processo.

E aqui, pra não agir da mesma forma que Gustinho e Hilda, AnderSonsBlog abre um parêntese para destacar a importância da participação do deputado Gustinho Ribeiro no processo, afinal um parlamentar federal sempre ajuda muito nessas situações.

Assim como é necessário ressaltar que a parceria da prefeitura de Lagarto, a partir de decisão da prefeita Hilda Ribeiro em conveniar com a CENEC, também foi muito importante para que o Colégio Cenecista Laudelino Freire fosse reaberto.

E ao falar em reconhecimento, AnderSonsBlog aproveita e ilustra esse texto com uma foto com Matheus, Zé Lima e o reitor da UFS, Valter Joviniano. É que este site entende que “a gratidão agradece à memória”, como disse o filósofo francês Auguste Comte. Então, vamos criar memória para que possamos ser gratos, né verdade?

Mas a pergunta é: custava alguma coisa reconhecer que outros importantes atores também foram decisivos para que esse fato acontecesse? E embora Matheus Corrêa seja adversário político de Gustinho e Hilda, é fato que tudo isso só aconteceu porque, lá atrás, foi Matheus que correu atrás, ora bolas!

E nem ser convidado para o dispositivo de honra durante a reinauguração, mesmo sendo vereador e mesmo tendo feito tudo o que fez para que esse momento se tornasse realidade?

Mas tem mais uma: na matéria oficial da prefeitura de Lagarto sobre o evento de reinauguração, já devidamente printada aqui, nem o nome de José Lima Santana, nosso querido Padre Zé Lima, vice-presidente da CENEC e figura essencial para que essa reinauguração ocorresse, é citado! Pode uma coisa dessas?

Aonde foi que atitudes mesquinhas e pequenas como essas da gestão de Hilda e do agrupamento de Gustinho se sobreporam à generosidade do povo lagartense, hein?!

Assim, ao final e ao cabo, cabe à gente parabenizar Lagarto pela conquista que é voltar a ter uma unidade de ensino da importância de um Colégio Cenecista Laudelino Freire, uma dádiva!

Mas cabe também à gente lembrar que a população não costuma perdoar de seus políticos dois tipos de ação: a ingratidão e a traição, duas lástimas!

E, nesses casos, leitor e leitora, a urna pune! E que siga o baile!

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