DENÚNCIA: obra de construção e revitalização da Orla do Rio Sergipe, na Barra, tem redução de concreto, aço inoxidável enferrujado e 2 coqueiros plantados de 14 comprados. Pode isso?

Nesta terça, 26, duas denúncias concomitantes chamaram a atenção da população da Barra dos Coqueiros e de todo o Sergipe: na Câmara da Barra foi o vereador Marcelino (PSD). E na Alese a mesma denúncia foi tornada pública pelo deputado estadual Adailton Martins, também do PSD.

Diante da gravidade do assunto, AnderSonsBlog buscou mais detalhes e teve acesso a um relatório técnico deveras preocupante. No levantamento contido no estudo técnico, diversos indícios de irregularidades na obra de construção e revitalização da Orla do Rio Sergipe, na Barra – um dos locais em que se tem uma das mais belas vistas de Aracaju, por sinal.

E não é que, pelo que foi exposto, realmente existem razões de sobra pra muita preocupação? E olha que, além de ser preocupante para a população da Barra, que vê todo aquela ‘estória’ do ‘maior canteiro de obras de Sergipe’, vendida pela atual gestão, a cargo de Alberto Macedo (União), ir por água abaixo, quem tem que se preocupar muito é justamente o pessoal da gestão de Alberto, além do próprio prefeito, porque os problemas encontrados na execução da obra interessam diretamente ao Tribunal de Contas da União, uma vez que os recursos são federais. E aí, leitor e leitora, o problema é beeeeeeem mais embaixo!

Senão, vejamos: na calçada de concreto, por exemplo, a altura do passeio estava prevista no projeto original para ser de 10 centímetros. E isso ao longo de 1 quilometro no total. Pois não é que o relatório identificou que a altura não passa de 6 centímetros? Aí, numa conta rápida, se chega a conclusão que esse piso, com 10 cm, custaria R$ 395.268,90. Já com 6 cm o custo cairia para R$ 237.048,20. E pra onde iria, então, a diferença de R$ 158.220,70 a menos?

Já o guarda-corpo, conforme identifica o relatório técnico analisado pela casa aqui, deveria ter bem mais barras de aço inoxidável do que as que efetivamente possui nos locais em que já foi instalado. Isso também demanda uma queda no valor final da obra que não está identificada nem no projeto original e nem na medição do andamento da obra em si, que já passaria de 26% do seu total concluída. E o que dizer de um material inoxidável que já está enferrujando, como as fotos constantes no relatório podem provar?

E, pra fechar os absurdos dessa obra, que tal coqueiros – ou seriam palmeiras imperais? – que, no projeto, seriam 14 comprados e sendo que, até aqui, apenas 2 foram plantados? E isso numa cidade que leva ‘coqueiro’ até no seu nome é um desplante e uma desfaçatez, vamos combinar?

Por fim, é possível que esses ‘desvios’ do projeto original sejam sanados pelo atual prefeito? Olha, AnderSonsBlog, mesmo com toda a boa vontade, duvida muito. Afinal, o atual gestor, Alberto, perdeu a eleição. E, nesse caso, também não se pode cobrar do prefeito eleito, Airton Martins (PSD) que faça milagres a partir de 1º de janeiro do ano da graça de 25.

Por isso que, para o bem da Barra e dos recursos públicos federais envolvidos nessa obra, as autoridades competentes têm que se pronunciar e apontar as responsabilidades de forma objetiva. Tudo isso para que o povo da Barra dos Coqueiros não passe pelo constrangimento de ver uma obra que tem tudo para ser um ponto turístico na cidade se tornar um verdadeiro mico diante da incompetência pra tocá-la mostrada pela atual gestão.

Veja as fotos abaixo e veja se não é pra se indignar mesmo! Sem mais!

 

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