Ignácio Barbosa/Coroa do Meio: sabia que a vencedora da ponte Neópolis/Penedo foi desclassificada já na largada e pode ser que ninguém jamais saiba a sua proposta por aqui?

Tem assuntos que são assim: a gente levanta o tema e as informações não para de chegar. É aquela coisa do vespeiro: mexeu, se prepare! Ou, se fosse pra ser mais escatológico, seria como um cocô seco: se ficar paradinho ali, ninguém nem nota. Agora, se mexer, tome fedor subindo até umas horas…

E é isso mesmo que acontece por aqui em AnderSonsBlog desde a última sexta, 3, quando a casa levantou questionamentos sobre a licitação da ponte Ignácio Barbosa/Coroa do Meio. Não se trata de acusar nada e nem ninguém, mas que tem muita coisa precisando ser devida e detalhadamente explicada, isso tem!

Quer ver um exemplo bem-acabado disso? Olha só, leitor e leitora, a jornalista Gleice Queiroz lembrou que o Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) havia suspendido o processo licitatório em curso por conta da desclassificação quase que na largada de dois consórcios participantes.

Um deles, o Consórcio Aracaju, entrou com um pedido cautelar no TCE/SE e obteve sucesso, sendo a licitação paralisada. O governo, via sua Procuradoria Geral, recorreu e derrubou a cautelar com uma liminar.

Bem, mas foi justamente uma informação recebida pela casa aqui, cuja fonte pediu sigilo, que chamou por demais a atenção de AnderSonsBlog: as empresas do Consórcio Aracaju, A.Gaspar e ArteLest têm tradição em obras desse porte, tanto é que estão na construção da ponte Neópolis/Penedo, a partir de licitação realizada pelo Governo Federal e recentemente anunciada pelo ministro dos Transportes, o alagoano Renan Filho.

Aí vem uma questão inicial: caso não tivesse disso desclassificado logo de cara, o Consórcio Aracaju não poderia lutar para trazer o canteiro de obras da ponte Neópolis/Penedo para Sergipe, uma vez que este ficará no lado das Alagoas, o que garante mais arrecadação para o estado vizinho e, por óbvio, uma maior absorção de mão de obra alagoana do que sergipana?

E olha que estamos falando de uma obra de mais de R$ 200 milhões e cujo vencedor, o Consórcio Aracaju, deu ‘só’ 25% de desconto em cima do preço inicial. Economia da peste, né não?

E na ponte Ignácio Barbosa/Coroa do Meio, qual seria o desconto que o Consórcio Aracaju conseguiria dar? Aí, leitor e leitora, por conta da desclassificação prematura desse consórcio, é possível que, caso a licitação prossiga, jamais saberemos. É que o envelope com a proposta do Consórcio Aracaju sequer foi aberto…

Por essas e outras – que estamos analisando aqui – é que essa licitação da ponte Ignácio Barbosa/Coroa do Meio precisa de uma transparência a toda prova e de muitas, mas muitas respostas mesmo! E que siga o baile!

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