Quando a gente toca num assunto relevante, parece um vespeiro: não para quieto de jeito nenhum. Assim, voltemos à luta Aseopp X Associações Pró-Construção que, desde sempre, AnderSonsBlog considera uma judicialização desproporcional da parte da Aseopp.

E esta casa não está sozinha, vide o que publica nesta quinta, 23, o Blog do Cláudio Nunes (leia AQUI). Em resumo, ainda que a Aseopp venha questionando as Associações Pró-Moradia, ao menos até agora, e em todas as frentes em que o questionamento foi feito, o modelo associativo tem sido vitorioso.

E, de mais a mais, as Associações Pró-Moradia, assim como os demais tipos de associações, encontram respaldo jurídico. Se a Aseopp seguirá com seus questionamentos, aí é assunto pra uma outra postagem. Mas, repita-se, até aqui, nada contra as associações foi decidido, certo?

Mas, voltando a história do vespeiro, o assunto segue fervilhando e, vez por outra, algumas informações interessantes chegam ao blog e vale dar uma olhada. A mais recente foi uma lista bem completa de empreendimentos feitos através do modelo Associações Pró-Moradia localizados primordialmente em Aracaju ao longo dos últimos anos. É possível vê-la em detalhes ao final dessa publicação.

Mas ao passar o olho rapidamente, um empreendimento saltou aos olhos através dos caminhos do coração: Cândido Portinari, encravado na área mais nobre da 13 de Julho. E o site explica: ali morou a saudosa Zelita Prata Barbosa, que vem a ser tia-avó deste jornalista, irmã que era do saudoso avô Zé Marcelino, figura ímpar da história lagartense, com toda modéstia à parte, viu?

Pois bem, Tia Zelita, como todos a chamávamos, era matriarca típica: mãezona de família, de uma religiosidade cativante, além de extremamente atenciosa com todas as relações familiares possíveis – e este que vos escreve é prova viva disso, desde sempre!

Mas até por ter sido casada com quem foi, nada mais, nada menos do que o extraordinário e também saudoso Gentil Barbosa, também Tia Zelita era danada de atenta ao que podemos chamar de relações de mercado. Ah, ninguém enganava ou ludibriava ela, não, que também, apesar de lagartense, adquiriu uma alma itabaianense inundada por um belíssimo faro para os negócios, fruto do seu longo relacionamento com Gentil, é claro!

Bem, mas esse parêntese pessoal e sentimental serve, na verdade, para vaticinar uma coisa: se o modelo associativo que construiu a Mansão Cândido Portinari tivesse alguma falha ou problema, Tia Zelita, que viveu por muitos anos no belo apartamento que por lá possuiu, teria, como se diz, ido pra cima, pode ter certeza, leitor leitora!

Então, finalmente passemos a lista em si: composta por um total de 52 empreendimentos, dos quais 35 já estão devidamente entregues e sendo usufruídos pelos seus sócios-proprietários, a referida computa um total de 3.392 unidades, sendo estas divididas entre apartamentos, casas, lotes e unidades comerciais.

São números portentosos, sem dúvida. E aqui é que vêm uns questionamentos bem diretos: estariam aí esses mais de 3 mil sócios-proprietários envolvidos em empreendimentos realizados através do modelo associativo todos, sem exceção, abilolados, dispostos a jogar dinheiro fora? Não estariam todos eles conscientes de seus deveres, enquanto sócios, e de seus direitos também, especialmente o da livre escolha de como, quando e onde investir seus recursos?

Afinal, que espécie de véu imaginário estaria sobre os olhos e sobre a percepção de tanta gente para causar uma espécie de transe coletivo que impediria todo esse povo de ver algo de “errado” nas Associações Pró-Construção?

AnderSonsBlog tem consciência de que essa celeuma, infelizmente, deve continuar. E por isso mesmo se posiciona no sentido de continuar se aprofundando nesse tema e nesse embate, Aseopp X Associações Pró-Construção.

Mas como antiguidade é posto, também continua entendendo que tanta gente, assim como o fez a querida Tia Zelita, e isso levando em consideração que, desses empreendimentos todos, alguns têm mais de duas décadas, teve suas motivações para investir no modelo associativo e não tem tido razões para se arrepender. Simples assim! E segue o baile!

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