CSF – CULTURA SEM FRESCURA – Jorge Lins segue sua saga: valorizar Sergipe e seus sergipanos e sergipanas, nativos ou adotivos, é batalha contínua e com novo front neste sábado, 16, no Prêmio Oxente

Jorge Lins é aracajuano da gema, já rompeu a barreira dos 65 anos e, desses, mais de 50 dedicados à ações e atividades culturais das mais variadas, mas sendo referenciado majoritária e merecidamente por sua produção teatral como autor, produtor, financiador, ator, professor e fundador do Grupo Raízes.

E para você, leitor e leitora, se aprofundar na faceta mais visceral da atuação de Jorge Lins, o jornalista Jozailto Lima o entrevistou profunda e brilhantemente no final de 21 (leia aqui). Tá tudo aí, certo?

Mas o que motivou esta coluna CSF foi outra frente que Jorge encara no seu insistente e incansável front: os eventos de premiações. E o cabra é “imparável” nisso, com coisa de quase duas centenas de prêmios, nas mais diversas categorias e atividades possíveis e imagináveis, sendo realizados somente neste 22, neste pós-pandemia.

Mas se você, leitor e leitora, ainda não se situou legal, lá vai uma referência certeira: o Prêmio Sanfona de Ouro, que a cada São João de Sergipe, desde 1985, portanto há 37 ininterruptos anos, celebra e festeja, premiando e enaltecendo quem juninamente se destaca e faz a diferença nestas plagas, é da lavra de Jorge Lins. Tá bom ou quer mais?

Só que o tradicional e vitorioso Sanfona de Ouro segue uma espécie de regra básica desse tipo de evento: têm os indicados, atualmente cada vez mais via internet e redes sociais, para, ao final e ao cabo, uma comissão filtrar a totalidade das indicações e, assim, definir os nomes que, em 22, se destacaram em 48 categorias diferentes, numa festa ampla e democrática que, também ao final e ao cabo, não se guia por um viés competitivo, de quem é ou quem foi o melhor.

A ideia fundamental é dar visibilidade e destaque pra moçada que não arreda o pé de fazer a diferença, aí sim para melhor, a cada festejo junino sergipano.

Acontece que Jorge Lins, neste sábado, 16, em pleno Teatro Tobias Barreto (TTB), o mais nobre espaço cultural sergipano, capitaneará a 2º edição do Prêmio Oxente Sergipe.

E, nesta edição, além de 50 atrações artísticas, desfilarão por lá quase 500 agraciados com o referido prêmio, divididos em dois momentos: o Oxente Kids, à partir das 16h, e os demais premiados, à partir das 20h.

E antes de seguir com esta CSF, é necessário ressaltar: o Oxente Sergipe é autossustentável, pois seus custos totais, do aluguel do TTB, passando pelos lauréis que os homenageados levarão pra casa e chegando às equipes, presenciais e internéticas, envolvidas no processo inteiro, são bancados pelos ingressos antecipadamente adquiridos – coisa de quase 1000 até a sexta, 15, portanto com espaço ainda disponível pra você, leitor e leitora –, além de um contributo módico e praticamente voluntário dos premiados.

Mas qual seria o diferencial do Oxente Sergipe, além da própria sustentabilidade, prescindindo de patrocínios governamentais e privados de grande monta, que chamou a atenção de AndersonsBlog?

Aqui é que está a parada toda: inspirado em movimentos europeus, que usam e abusam da internet, voltados para reconhecer méritos originais a partir da interação exercida pelos internautas, o Prêmio Oxente Sergipe, em três contas no Instagram (@taemcartazsergipe, @olhomagicoproducoes e @jorgelins.teatro), abriu caixas de diálogo pedindo, simplesmente, indicações para o prêmio, isso sem regrar, sem parametrizar, sem cercear e, principalmente, sem limitar a opinião individual de ninguém.

Com isso, e pelo trabalho da equipe envolvida, a coisa ganhou corpo e alcançou as 75 cidades sergipanas. E nelas, algumas com maior envolvimento, outras com menor participação, mas com todas, sem exceção, participando, foram os internautas, de maneira libertária e quase anárquica, que disseram quais, na opinião deles, eram as figuras de destaque e cuja atuação, em qualquer que fosse a área, merecia ser agraciada com o Oxente Sergipe.

Resultado: as tais caixas de diálogo do Insta se espalharam de tal maneira por todas as cidades sergipanas que até o “dono” delas, o todo/todo poderoso Mark Zuckerberg, se espantaria com o resultado.

Foram mais de 50 mil indicações sendo que, destas, centenas e centenas podem e até devem ter sido feitas por uma mesma pessoa e/ou um mesmo grupo, de forma a direcionar indicações para as mesmas pessoas e/ou grupos escolhidos e/ou preferidos dos que fizeram a tal indicação, ora pois!

E se até os Big Brothers da vida permitem muito mais de um voto internético a cada pessoa disposta a votar, quem seríamos nós pra discordar dessa metodologia?

Mas não deixa de ser impressionante que tantos tenham se manifestado nas tais caixas de diálogo. E, melhor ainda, defendendo suas opiniões sem nenhum tipo de censura ou ressalva!

E, como forma de garantir lisura na escolha dos nomes agraciados, a turma do Oxente Sergipe, especialmente quando os escolhidos democraticamente pelo público eram oriundos de algum tipo de atividade profissional devidamente regulamentada, tomou o cuidado de consultar os órgãos e entidades das mesmas para não deixar margem para questionamentos. Ou seja: trata-se de uma premiação que respeita seu público, seus premiados e se dá ao respeito!

E o que se depreende de tudo isso? Simples: Jorge Lins, historicamente, fez e faz o que está ao seu alcance para que a sergipanidade deixe de ser algo idealizado, passando a ser algo realizado e, melhor ainda, com o poder de definição e escolha nas mãos da própria população! Portanto, viva o Oxente Sergipe! Vida longa ao Oxente Sergipe!

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