#EPS201 – Luciano Bispo, Dom Cabral e o risco do chopp já vir com água

A Fundação Dom Cabral é seríssima, competente e tem, como poucos, know-how e cacife para prestar consultoria e elaborar projetos na área econômica que têm tudo para dar certo. Luciano Bispo (MDB), presidente da Alese, bem como os seus pares deputados, estão cheios de boas intenções, AndersonsBlog não tem dúvida disso. Mas o lançamento do Plano de Desenvolvimento do Estado de Sergipe, realizado pela Alese como sugestão para execução por parte do Governo do Estado, ocorrido na quarta, 7, na Alese, com pompa e circunstância, lançou uma pulguinha atrás da orelha também. A Dom Cabral não é principiante em Sergipe. Salvo engano, este é o terceiro grande estudo da fundação sobre questões sergipanas. A a tal pulguinha se instalou após AndersonsBlog conversar com uma fonte, mente privilegiada, um verdadeiro baú de informações sobre a política sergipana, que lembrou o episódio da passagem da fundação durante o último governo do saudoso João Alves (2003/2006). Na oportunidade, com seu trabalho de excelência, a Dom Cabral apontou que o governo, para azeitar a máquina, funcionar melhor e não colocar em risco as suas finanças, precisaria se livrar de algumas empresas estatais. Simples assim! Acontece que, no afã de contratar a fundação, o próprio governo, então, não se deu conta das características que possuía. Uma delas: como extinguir empresas cujos funcionários eram regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT? Não havia dinheiro para isso! Assim, o estudo da Dom Cabral, repita-se, de excelência, se perdeu entre a incapacidade do governo de se enxergar de fato e críticas oposicionistas, que classificavam a contratação da fundação um desperdício de dinheiro público – o PT e o saudoso Marcelo Déda, que venceria a eleição seguinte, em 2006, detonavam mesmo a parceria Governo/Dom Cabral, inclusive insinuando que gente graúda do governo se deu bem na contratação, mas aí são outros quinhentos. Para não dizer que aquele estudo não teve impacto no governo, o exemplo da Cehop é fundamental: cientes de que poderiam perder o emprego nos próximos anos, caso a empresa em que trabalhavam fosse extinta, funcionários celetistas buscaram a Justiça do Trabalho e ganharam as mais diversas causas, o que causou a dilapidação do patrimônio da Cehop, que segue existindo. Sofrendo, mas existindo! Ou seja: um estudo da Fundação Dom Cabral é ótimo, mas será preciso, de fato, utilizá-lo, ora pois! Senão, a Alese terá mesmo jogado dinheiro público fora e ponto. Aliás, se é para começar bem e dando esperança de que, desta vez, a coisa toda vai dar certo, que tal a Alese expor publicamente os custos desse contrato com a Dom Cabral?

PS. Em tempo, a hashtag #EPS201 significa Emancipação Política de Sergipe, 201 anos, belê?

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