No ano da graça de 22, também sem carnaval, o ano em si e os necessários debates pré-eleitorais só começarão depois da Semana Santa?

Aqui não se trata de antecipar nada e nem de exigir isso de ninguém, viu? Mas o fato é que este 22 está meio com cara de 20, né não? Senão, vejamos: diante do espanto geral e irrestrito por conta da pandemia, em 20, ano eleitoral no âmbito municipal, ainda que tenha havido a celebração do carnaval, tudo ficou pra depois e com toda razão, pois desde o início do século XX, quando a pandemia da Gripe Espanhola assolou o planeta, nunca mais a humanidade tinha se deparado com algo tão aterrador, tão amplo e, ao mesmo tempo, tão desconhecido. O resultado naquele recente, mas também longínquo 20, foi que tudo foi empurrado mais pra frente, inclusive as eleições que, em seu primeiro turno, saltaram de 4 de outubro para 15 de novembro. Momentos duros, de muitas dúvidas, permearam a vida de todos naquele fatídico ano. Mas eis que, depois de vermos um 21 ainda mais agressivo em termos pandêmicos, mas também sendo o ano em que se iniciou a vacinação que arrefeceu a pandemia, chegamos a um 22 em que tudo meio que se arrasta, como que procurando o momento certo para se manifestar, inclusive os necessários debates pré-eleitorais, importantíssimos do ponto de vista prático, uma vez que os eleitores e as eleitoras decidirão os comandos do país e do Estado! Como sempre reforça, AndersonsBlog evita se imiscuir nos debates nacionais por entender que muita gente boa já faz isso, com maestria. Portanto, este modesto site segue voltado para as discussões genuinamente sergipanas e ponto – aliás, aqui cabe um adendo: alô vocês que pretendem colocar seus nomes no processo eleitoral vindouro, AndersonsBlog, em respeito a sua linha editorial claramente exposta e, principalmente, em respeito ao povo sergipano, não dará muita trela aos que, de forma marota e obviamente eleitoreira, tentarem nacionalizar a disputa pelo governo estadual. Além disso não ter apresentado resultados efetivos na nossa história recente, caso dos governos Albano Franco e Marcelo Déda, que foram oks, mas que não revolucionaram e/ou transformaram em nadica de nada Sergipe, apesar de serem aliados de primeiríssima hora de FHC e de Lula, respectivamente e cada um ao seu tempo, é preciso atentar para o fato de que essa coisa de nacionalizar a eleição local, sergipaníssima, resvala perigosamente num possível estelionato eleitoral, viu? Mas isso é assunto pruma outra postagem. Assim, voltando ao assunto original, leitor e leitora, você já percebeu o quão morna está a discussão política nessa fase pré-eleitoral em Sergipe? Das pré-candidaturas declaradas e melhor colocadas nas consultas recentemente realizadas, as do senador Rogério Carvalho (PT) e do deputado federal Fábio Mitidieri (PSD), não são ouvidas, vistas e nem lidas quaisquer declarações que enalteçam nem um e nem outro em detrimento de um ou de outro. Nem um dos dois se posiciona abertamente como sendo uma opção melhor e mais qualificada quanto ao outro, mesmo com ambos já suspostamente declarados antagônicos na disputa pelo Palácio Adélia Franco a partir de 23! Sem querer alimentar teorias conspiratórias, a postura de Fábio e de Rogério, nesse momento, merece uma rememoração aqui: o deputado Georgeo Passos (Cidadania) alertou lá atrás que Rogério, na verdade, seria o plano B do governador Belivaldo Chagas (PSD) (leia aqui)! Será? E aqui chegamos a mais um contendor já devidamente declarado pré ao governo, o senador Alessandro Vieira (PSDB), outro que aparece entre os melhores citados nas pesquisas mais recentemente realizadas. E mesmo que seu discurso seja oposicionista, na essência, ainda assim não se ouve, não se vê e nem se lê nenhuma declaração dele diretamente dirigida nem a Fábio e nem a Rogério! E por fim, mas não menos importante, avaliemos a postura do ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), cuja pré ao governo nem foi sequer anunciada, mesmo sendo a mais bem posicionada, na liderança, em todas a consultas até aqui realizadas. E Valmir, até o atual momento pré-eleitoral, é o mais cobrado em todo e qualquer questionamento. Primeiro, e por óbvio, se cobra dele um posicionamento: será ou não será pré ao governo? Daí em diante se avolumam as indagações: será palanque lulista, bolsonarista ou sergipanista? Será marionete nas mãos dos Amorim ou exercerá a mesma independência que exerceu, administrativamente, em Itabaiana? Mas alguém já viu, leu ou ouviu alguma fala de Valmir em relação a algum dos outros, assumidos, prés ao governo? E de nenhum deles, Alessandro, Fábio ou Rogério, direcionadas diretamente a Valmir? Eleição é embate! E pré-eleição, com suas pré-candidaturas, também merece embates, ora pois! E desde que o respeito seja a tônica, qual seria o impedimento para os atuais prés, definidos ou não, abrirem os debates entre si, apontando, cada um, quais as razões pelas quais se consideram merecedores dos votos que almejam? Findado o feriadão da Semana Santa, espera-se que os debates se acalorem, finalmente! Mas vem aí o feriadão de Tiradentes! E depois vem Dia das Mães! E logo depois as festas juninas! Será que as eleições 22 só entrarão na pauta dos próprios pré-candidatos lá para agosto? Ou será que isso se dará a gosto de Deus? O fato é um só: eita eleição fria danada essa, né não?

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