Do “sarapatel de coruja” em pesquisas no 2º turno, AnderSonsBlog escolhe a Atlas/Intel, com Rogério 13,2% à frente, e explica tintim por tintim a razão

Com pesquisa não se briga, alerta a sabedoria e a experiência. Mas também ninguém é obrigado a concordar com os resultados apresentados. Especialmente quando eles são conflitantes entre si por se tratarem de diferentes institutos, né verdade?

Por isso que AnderSonsBlog tem sido bem cauteloso nas análises de resultados apurados até este momento pelos institutos. Mas faz questão de se debruçar sobre números que, de alguma maneira, possam ser mais confiáveis.

Por isso que, até agora, a casa aqui só analisou os dados apresentados pela Real Time/Big Data para o 2º turno do governo sergipano (leia aqui e aqui) e isso justamente porque esse instituto se aproximou do resultado final ainda no 1º turno, num já longínquo 14 de agosto passado (nesse caso, leia aqui), acertando se não os percentuais, mas cravando na mosca a colocação de cada candidato no resultado final em 2 de outubro.

Mas o que a Atlas/Intel tem com isso?

Assim, leitor e leitora, diante da profusão de pesquisas nesta reta final das Eleições 22 – algo que deve aumentar ainda mais nos próximos dias –, AnderSonsBlog decidiu usar a mesma lógica analítica pra geral: mandou bem na pesquisa do 1º turno? Então, beleza, merece ser analisada no 2º turno.

Ou seja: o instituto Atlas/Intel se junta ao Real Time/Big Data por aqui por méritos próprios. E o site vai provar isso tintim por tintim, números por números.

Pesquisa Atlas/Intel no 1º turno

Foi só uma pesquisa do instituto publicada no 1º turno em Sergipe, com amostra de 1.600 respondentes, metodologia de coleta e recrutamento digital aleatório (Atlas RDR), margem de erro ±2%, nível de confiança para a estimação da margem de erro em 95%, com período de coleta entre 23 e 27 de agosto de 2022. Registro TSE SE-08915/2022.

Naquela pesquisa, publicada pelo Portal FanF1 em 30 de agosto (leia aqui), portanto há pouco mais de um mês da eleição, o resultado, com todos os candidatos de então, foi o seguinte:

 

Valmir de Francisquinho (PL) – 32,9%

Rogério Carvalho (PT) – 20,3%

Fábio (PSD) – 16,5%

Delegado Alessandro (PSDB) – 9,3%

Niully Campos (PSOL) – 2,1%

Dr. Antônio Claudio Geriatra (DC) – 0,5%

Jorge Alberto (PROS) – 0,5%

Prof Aroldo Félix (UP) – 0,4%

Elinos Sabino (PSTU) – 0,1%

Voto Branco/Nulo – 9,6%

Não Sei – 7,6%

 

E aí foi que a curiosidade jornalística levou este site a um interessante e necessário cruzamento de dados: ora, ora, se a Atlas/Intel tinha feito apenas um levantamento de intenção de votos em Sergipe, ou pelo menos apenas um foi tornado público através da imprensa, que tal avaliar o nível de erros/acertos do instituto?

E foi aí que o queixo quase caiu: ao transformar os dados dessa primeira e única pesquisa da empresa no 1º turno em percentual de votos válidos e, em seguida, extrair do resultado dois nomes, o de Valmir de Francisquinho e o de Jorge Alberto, o primeiro pela anulação imposta pelo TSE e o segundo por não ter levado adiante a sua candidatura, recalculando o total de intenções de votos válidos com os postulantes ao governo então postos e que efetivamente tiveram seus votos validados, os números saltaram aos olhos!

(E, sim, claro que AnderSonsBlog entende o quão complexas vão se tornando essas operações matemáticas e esses cálculos. Mas como os números estão aí, 100% disponíveis, quem quiser contestar que calcule também, viu?).

É que os dados da Atlas/Intel lá no final de agosto, apurados de forma digital, como a empresa mesmo informou em seu registro no TSE, foram incrivelmente próximos do que o mesmo TSE anunciou ao final da apuração em 2 de outubro. Duvida? Então confira os números tanto da Atlas/Intel, em intenção de votos válidos mediante as variações acima explicadas, como o resultado final dos quatro primeiros colocados oficialmente divulgados pelo TSE – sempre lembrando que Valmir, de forma objetiva, teve mais votos que os demais, porém estes seguem anulados, certo?

 

Rogério Carvalho: 40,87% (Atlas/Intel) e 44,70% (TSE)

Fábio Mitidieri: 33,21% (Atlas/Intel) e 38,91% (TSE)

Alessandro Vieira: 18,71% (Atlas/Intel) e 10,88% (TSE)

Niully Campos: 4,21% (Atlas/Intel) e 4,93% (TSE)

 

Ressalve-se que a casa escolheu os quatro melhores colocados no 1º turno não por exclusão, mas por simplificação – os demais candidatos somados não alcançaram nem 1% dos votos validados pelo TSE. E o que isso quer dizer? Bem, os números falam por si: na única pesquisa Atlas/Intel no 1º turno, mesmo um mês e pouco antes da eleição, o instituto alcançou uma precisão raríssima em consultas eleitorais e ponto!

E agora, Atlas/Intel?

E assim chegamos a mais recente pesquisa da Atlas/Intel que, pelo histórico acima apresentado, merece todos os créditos possíveis e imagináveis. Publicada também pelo portal FanF1, sendo feita com 1.601 pessoas por recrutamento digital, tendo margem de erro de 2,5% e intervalo de confiança de 95%, sendo o período de coleta de 18 a 22/10/2022 e com registro TSE BR-00423/2022 SE-01720/2022, eis os números totais:

 

Rogério – 47,6%

Fábio – 36,5%

Brancos e nulos – 10,4%

Não sei – 5,6%

 

Já em relação a intenção de votos válidos, os números são os seguintes:

 

Rogério – 56,6%

Fábio – 43,4%

 

Portanto, diante da altíssima taxa de acertos da Atlas/Intel no 1º turno, mesmo tanto tempo antes do dia da votação, não é possível desconsiderar a alta probabilidade do instituto acertar ainda mais agora, visto que esta pesquisa no 2º turno foi publicada justamente na última semana da campanha.

Finalmente – e para não alongar muito esta já longuíssima análise –, vale a reflexão: a liderança de Rogério, com 13,2% à frente do adversário, e a sua real possibilidade de vitória está embasada em dois eixos principais, que são a força de Lula, incontestável, e o apoio daquele que venceu a eleição de fato no 1º turno, Valmir de Francisquinho.

Enquanto isso, Fábio segue no calvário de ter que defender o legado do governo Belivaldo e, nacionalmente, passa a impressão de ser um candidato sem identidade, já que no 1º turno ele até brigava para “ser” Lula e, agora, parece aceitar a pecha de “tanto faz”. Se nada de novo ocorrer nesses próximos três, quatro dias, o tal do “vira” de Fábio pode “virar um pesadelo”. Sigamos!

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