BRASIL IL IL IL! – Arthur Lira quer o “céu”. Mas Lula, escolado em “purgatório”, cederá somente até onde não se torne refém do Centrão no Congresso. Duvida?

Eis que, depois de muito resistir, AnderSonsBlog abrirá, finalmente, um espaço para analisar os acontecimentos da política nacional.

É que, apesar de continuar acreditando que já tem muita gente boa para fazer esse tipo de análise, os tais acontecimentos têm se avolumado de uma maneira tão intensa que se faz necessário que a casa aqui se imiscua nessa seara também.

E, pra começar, vamos com a queda de braço entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressista/AL), e o presidente do país, Lula (PT).

É briga de gente grande, claro! Mas o alagoano tá tomando um baile do pernambucano. Duvida? Então lá vai…

A coisa começa com Lira tentando emparedar Lula por conta da briga paroquial dele com os Renans, pai e filho. Como a coisa se trata de uma treta genuinamente alagoana, caberia ao presidente da Câmara um gesto de grandeza, deixando o que acontece em Maceió e cercanias ficar justamente na capital alagoana e nos seus arredores.

Mas, não! Lira cometeu o vacilo de condicionar pautas nacionais a sua briga local. Daí que viu um processo seu ser destravado no STF e, depois, devidamente arquivado. Foi um aviso de que seu poder tem limites.

Além disso, aliados seus estão sob investigação da Polícia Federal. Só que Lula, raposa velha, faz de conta que nada disso tem a ver com ele e já sentou pelo menos duas vezes com Lira para tratar de assuntos de interesse do presidente da Câmara, mas sem jamais deixar ser colocado na mesa quaisquer que sejam os queixumes contra os Renans.

Ou seja: Lula dá com uma mão, mas tira com as duas toda e qualquer possibilidade de Lira atacar diretamente seus desafetos na política alagoana. Dessa forma, o presidente faz gestos, mas não se posiciona como refém de Lira e do Centrão.

Aí vem uma mudança ministerial atribuída a um desejo do União Brasil e, nela, vê-se um deputado ligado a Lira, mas que é do União, frise-se, o paraense Celso Sabino, mais do que cotado para assumir o ministério do Turismo. Seria uma concessão de Lula para Lira?

Sim, claro que é! Mas também se trata de um mero “prêmio de consolação”. Porque, como já dito publicamente, Lira e seu partido, o Progressistas, querem mesmo é o ministério da Saúde. Só que Lula não colocará a corda no próprio pescoço assim tão facilmente.

Então, antes de ceder ao ponto de entregar um dos maiores orçamentos governamentais, caso da Saúde, Lula seguirá dando espaços, caso do Turismo, e “cozinhando o galo” ao máximo, com o objetivo de ver logo encerrado o seu segundo ano de mandato e, com ele, o fim do comando de Lira na Câmara.

Ao final e ao cabo o fato é que Lira achou que bastaria repetir as ações que emparedaram Jair Bolsonaro (PL) e o prostraram diante do Centrão. Só que o atual mandatário é bem mais safo do que o anterior e é só ir conferindo os passos e gestos de Lula até o final de 24, quando Lira deixará a presidência da Câmara, para se comprovar isso! E que siga o baile!

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