Um vídeo está chamando a atenção de todo o Sergipe. E você, leitor e leitora, pode conferi-lo logo abaixo. Trata-se de um pronunciamento do vice-presidente da Câmara de Riachão do Dantas, vereador Tarcísio (PT), em que ele acusa textualmente o atual presidente, vereador Berinho do Mercadinho (PSD), de fraude em documento.
O problema em si diz respeito a mesa diretora da Câmara e a um documento que teria sido assinado de forma retroativa, referente ao ano de 13, justamente para viabilizar a reeleição da mesa. Mas, apesar da gravidade da afirmação de Tarcísio, que inclusive já confirmou que sustentará suas afirmações também diante da promotoria, o problema é, como se diz no popular, mais embaixo.
É que não é a primeira vez em que o presidente Berinho coloca a Câmara de Riachão uma posição delicada e vexatória.
O histórico realmente é pesado: tentativa de impedir que a Câmara votasse projetos do Executivo e que resultariam “apenas” no não pagamento dos servidores; tentativa de impedir a votação de projetos de colegas vereadores que poderia gerar R$ 10 mil em multa diária pessoal para o próprio presidente; e até mesmo a ameaça de jogar “pela janela” um vereador, no caso o próprio Tarcísio.
Por isso que as palavras ditas pelo vice-presidente sobre o presidente, numa narração de uma possível fraude documental, apesar de prejudicarem o próprio Tarcísio, que admite ter assinado, por pressão do próprio Berinho, um documento com data retroativa a 2013 para justificar a reeleição da mesa, acabam sendo mais um episódio triste a se somar à gestão do atual comandante do Legislativo riachãoense.
A verdade é que o próprio episódio da reeleição de Berinho foi o estopim de todos esses problemas, pois o reeleito passou a se comportar como se fosse “dono” da Câmara e como se todos tivessem que obedecê-lo sob paus e pedras, numa prova de que o poder pode, sim, subir à cabeça e gerar problemas de relacionamento e, pior ainda, causar transtornos para a sociedade como um todo.
Uma pena esse tipo de postura, ainda mais porque a população de Riachão é que acaba sendo prejudicada por uma Câmara comandada por alguém que tem demonstrado despreparo para o cargo, conforme as falas de Tarcísio apenas comprovam e confirmam. Uma pena mesmo!
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