ALÉM DO DECLARADO – “Temos um projeto estabelecido. Estamos andando todo o Estado. Nosso projeto tem sangue no olho. Isso deixa o outro lado tonto”, Valadares Filho, pres. estadual do PSB (Rio FM, 02/02/22)

Com a alta hospitalar, após intervenção cirúrgica, recebida pelo seu pai, o ex-senador Valadares – no que fez certo, pois primeiro a família, segundo a família, terceiro a família e depois é que vem o restante –, o presidente estadual do PSB, Valadares Filho, deu uma de suas primeiras declarações neste ano sobre as eleições 22. E não poupou a base governista que, até este momento, não definiu um nome para a disputa do governo na sucessão de Belivaldo Chagas (PSD) em outubro próximo. Dentro do jogo da política, Valadares Filho está correto, pois a função da oposição é mesmo fustigar, pressionar a situação. Mas no campo administrativo, quem tá certo mesmo é Belivaldo. Sim, porque já imaginou a desestruturação da gestão que ocorreria se o nome do candidato a sucessão governista tivesse sido anunciado há dez meses ou mais das eleições? O desmonte seria real, as pressões seriam absurdas sobre o governador e, por fim, aí sim seria uma tontice sem tamanho. A oposição não tem muito a perder e, obviamente, não tem nada a oferecer, além de garantias e promessas no caso de uma eventual vitória. Já a situação, definindo este ou aquele nome, tem que partir para um processo de acomodação dentro da administração. E isso é do jogo político. Portanto, ao deixar mais para frente a escolha do candidato, Belivaldo preserva a gestão dele. Mas, reforçando: Valadares Filho está muito certo ao fazer o papel oposicionista que lhe cabe. Simples assim!

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