“A mosca do cocô do cavalo branco de Napoleão” e aonde o ministro Márcio Macêdo se encaixa nessa história toda em torno do comando do Incra

AnderSonsBlog não saberá precisar se a piada em torno da “mosca do cocô do cavalo branco de Napoleão” é um chiste genuinamente francês, em contraponto ao humor fleumático dos ingleses, ou se se trata de um brasileiríssimo escracho.

Mas o fato é que essa longa e galhofeira frase quer dizer basicamente o seguinte: existe o poder e os que gravitam em torno dele. O poder, lógico, é “Napoleão”. O “cavalo branco” é ferramental, influente e leva o poder aonde o poder deseja ir. Do “cocô” em diante, aí é aquela turma que acha que manda e até pode ter influência. Mas, no caso da “mosca”, o máximo que ela acaba podendo fazer é zunir no ouvido do poder. E só!

E o que essa história toda tem a ver com Sergipe? Sejamos didáticos: desde que advogada, assistente social, ex-secretária de Agricultura de Sergipe e atual comandante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aqui no Estado, Rose Rodrigues, foi aventada para o comando nacional do instituto, muito zum-zum-zum de bastidor passou a dar conta de que o ministro da secretaria da Presidência, Márcio Macedo (PT) teria interferido pela não nomeação dela por conta de sua indicação ao presidente Lula ter partido de João Daniel, deputado federal, aliado do senador Rogério Carvalho. Sim, embora todos sejam do PT, o PT tem dessas coisas de competição interna e todo mundo já sabe disso.

Mas AnderSonsBlog não irá se imiscuir nessa briga interna petista, não! Até porque o Instagram da Revista Realce (leia AQUI) e o bom – e novíssimo – site Sergipense (leia AQUI) já fizeram isso de maneira irretocável.

E é aqui que volta a história da “mosca do cocô do cavalo branco de Napoleão”. Diante dos insistentes sinais de que Márcio possa ter, efetivamente, algo a ver com a nomeação ou não de Rose, restaria a ele qual papel nessa história?

De “Napoleão” não dá, pois aí é o poder e, portanto, se trata do próprio Lula, né?

E o papel do “cavalo branco”? Aí só se Márcio declarar publicamente que deseja ver uma profissional destacada em Sergipe, no caso Rose, a comandar um instituto do peso de um Incra – peso esse que aumenta muito no caso de um governo petista e pelo fato de Rose ser, historicamente, militante do Movimento Sem Terra. Ou se, também publicamente, se manifestar contrário à nomeação e justificar, claramente, seu posicionamento. Isso é, aí sim, influência de fato e de direito.

Mas se ficar calado, fazendo cara de paisagem, caberá a Márcio um dos dois papéis que sobram, né isso? Então, ministro Márcio, o que vai ser? Lembrando sempre que as brigas internas do PT, em tempos áureos petistas, ficavam exatamente nas internas. Já não se fazem mais brigas internas no PT como antigamente ou é o PT mesmo que já não é mais como era antigamente? E aí, Márcio Macêdo, a bola tá na marca do pênalti, meu caro!

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