Marival Santana, Eleições 24 e como tantas explicações sobre condenações na Justiça – federal em Sergipe e estadual na Bahia – prejudicarão o debate. Entenda

Antes que se levantem quaisquer que sejam os questionamentos sobre a opinião deste AnderSonsBlog acerca das Eleições 24 na querida Simão Dias, dois alertas se fazem necessários: o primeiro é o respeito que a casa aqui tem pelo ex-prefeito Marival Santana (UB) e isso é inegociável e irrevogável, leitor e leitora.

E o segundo alerta é que, caso a Justiça Eleitoral permita uma candidatura dele à prefeito, que siga o baile, pois a decisão de se candidatar ou não, a partir da outorga judicial, cabe a Marival e ponto!

Agora, é justo intuir que, em caso de candidatura efetivada, o debate em relação ao futuro simão-diense acabará reduzido a pouco ou mesmo a nenhum protagonismo.

E o que levaria a essa conclusão? Simples demais: Marival tem força política, claro; pode argumentar com o que já fez em Simão Dias em seus dois mandatos, lógico; mas também tem pedras em seu caminho que, quer queira, quer não, ou se resolvem antes do pleito – o que é dificílimo em virtude de prazos judiciais existentes –, ou se tornarão o centro do debate eleitoral.

Para ficar mais claro para o leitorado, AnderSonsBlog vai tentar ser econômico ao máximo na explicação de dois problemões que Marival acumula na Justiça – e o pior: com condenações em Sergipe e também na Bahia!

A primeira pedra no caminho de Marival é a condenação pela Justiça Federal em Sergipe no caso que envolve sua atividade empresarial, no ramo de transporte, sobre desvios de recursos federais para a Educação que teriam ocorrido no município de Riachão do Dantas, isso ainda na gestão do ex-prefeito riachãoense Ivanildo Macedo. AnderSonsBlog já tratou sobre o assunto (leia AQUI).

Já segunda pedra no caminho – e no sapato – de Marival é recentíssima, a partir da determinação da Justiça baiana de que 14 veículos de sua propriedade se tornem indisponíveis para que o erário público possa ser ressarcido em mais de R$ 1,2 milhão de reais por conta de terem sido identificados desvios de recursos públicos no município baiano de Paripiranga com a participação empresarial de Marival, sempre no ramo de transporte. Tudo isso em termos muito similares aos que Marival acabou sendo condenado na sergipaníssima Riachão do Dantas.

Só que no caso baiano há um agravante: a defesa de Marival já entrou com o primeiro recurso e perdeu no Tribunal de Justiça da Bahia. Assim, a situação fica como aquele tic-tac das bombas relógio, só esperando a hora de explodir!

Veja bem, leitor e leitora: aqui não se trata de condenar sumariamente Marival Santana, visto que, nos dois casos, cabem recursos.

Mas não fica latente a sensação de que Marival deveria primeiro resolver os seus problemas no âmbito do judiciário antes de se lançar em uma nova disputa eleitoral?

Até porque, no caso da Justiça Eleitoral o autorizar a ser candidato a prefeito de Simão Dias, Marival passaria mais tempo a discorrer sobre o que intenciona fazer pela cidade ou gastaria mais tempo explicando porque seu nome está enrolado até o pescoço em dois processos cabulosos como esses nos quais ele está intrinsecamente envolvido?

Não se trata de uma reprimenda a Marival, pois ele que lute na Justiça. Mas se trata de alertar o povo de Simão Dias do quanto será ruim ter uma eleição pautada não pelos destinos do município, mas pela quantidade de condenações que um dos possíveis candidatos responde na Justiça. É osso!

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